Há uma mosca gigante na sala de Sónia Baptista

Wow, última parte de uma trilogia em que a criadora se afunda no luto, parte em busca da atracção e da repulsa que existe no nojo e no sublime. Um mundo do avesso, absurdo e em decomposição, instala-se até sábado na Culturgest.

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Na maior parte das salas, há elefantes que teimam em ser ignorados. Na Culturgest, em Lisboa, há uma mosca gigante que não admite que a ignorem. Sónia Baptista e o restante elenco de Wow, a peça que ali se instala entre esta quinta-feira e sábado, bem tentam livrar-se desta mosca – guardiã sagrada da decomposição que baixa sobre o grupo e que surge como objecto central da atracção e da repulsa que a coreógrafa e bailarina aplica ao nojo e ao sublime –, mas sem grande sucesso. Uma mosca destas, no entanto, não vem do nada.

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Na maior parte das salas, há elefantes que teimam em ser ignorados. Na Culturgest, em Lisboa, há uma mosca gigante que não admite que a ignorem. Sónia Baptista e o restante elenco de Wow, a peça que ali se instala entre esta quinta-feira e sábado, bem tentam livrar-se desta mosca – guardiã sagrada da decomposição que baixa sobre o grupo e que surge como objecto central da atracção e da repulsa que a coreógrafa e bailarina aplica ao nojo e ao sublime –, mas sem grande sucesso. Uma mosca destas, no entanto, não vem do nada.