Vinte anos depois, o mundo tem várias Guantánamos

Sempre houve países que torturaram e maltrataram detidos, mas a “guerra ao terrorismo” dos EUA deu aos seus aliados o pretexto ideal para o fazer impunemente. Mesmo que isso signifique ter prisões cheias de crianças.

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Alguns dos presos de Guantánamo ficaram feridos durante a detenção, no Afeganistão ou no Paquistão

Há características únicas, muitas. Por exemplo, a base militar que há exactamente 20 anos se tornou a principal prisão da “guerra ao terrorismo” dos Estados Unidos, é a única que um país mantém no território de outro com o qual não têm relações. Mas com todo o seu anacronismo e singularidade, Guantánamo fez escola. Desde então, vários parceiros dos norte-americanos nos seus esforços de contraterrorismo “replicaram o modelo de Guantánamo detendo milhares de pessoas em condições terríveis no Iraque, no Nordeste da Síria, na Nigéria, no Egipto e em outros lugares”, escreve a organização humanitária Human Rights Watch.

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Há características únicas, muitas. Por exemplo, a base militar que há exactamente 20 anos se tornou a principal prisão da “guerra ao terrorismo” dos Estados Unidos, é a única que um país mantém no território de outro com o qual não têm relações. Mas com todo o seu anacronismo e singularidade, Guantánamo fez escola. Desde então, vários parceiros dos norte-americanos nos seus esforços de contraterrorismo “replicaram o modelo de Guantánamo detendo milhares de pessoas em condições terríveis no Iraque, no Nordeste da Síria, na Nigéria, no Egipto e em outros lugares”, escreve a organização humanitária Human Rights Watch.