EUA autorizaram ajuda adicional à Ucrânia antes de conversações com a Rússia
O pacote de ajuda militar foi entregue nas últimas semanas do ano. A assistência não é, no entanto, suficiente para alterar o equilíbrio de forças desfavorável a Kiev.
A Administração dos EUA autorizou discretamente uma ajuda adicional de 200 milhões de dólares (176 milhões de euros) à Ucrânia, para reforçar as suas capacidades de defesa em resposta ao alarme causado pela acumulação de tropas russas junto à fronteira com o país, semanas antes de começar conversações com a Rússia.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Administração dos EUA autorizou discretamente uma ajuda adicional de 200 milhões de dólares (176 milhões de euros) à Ucrânia, para reforçar as suas capacidades de defesa em resposta ao alarme causado pela acumulação de tropas russas junto à fronteira com o país, semanas antes de começar conversações com a Rússia.
O pacote de ajuda militar, que foi entregue nas últimas semanas do ano, incluía equipamento como armas, munições, rádios seguros, equipamento médico e peças sobressalentes.
A administração Biden notificou o Congresso da autorização no início deste mês, embora muitos funcionários tenham tido conhecimento através de canais “classificados”, disse um funcionário do Departamento de Estado à CNN.
Não querendo entrar em pormenores, a fonte notou que os EUA forneceram “mais ajuda em matéria de segurança à Ucrânia no último ano do que em qualquer outra altura desde 2014”. A entrega de ajuda está em curso, “e há mais programadas para as próximas semanas”, disse.
A entrega de equipamento demora algum tempo – uma no valor de 60 milhões, autorizada no Verão passado, só está agora prestes a ser completada, disse uma fonte do Departamento de Estado à CNN.
O secretário de Estado, Antony Blinken, disse à ABC que a administração tinha continuado a dar ajuda de defesa à Ucrânia “ainda há duas semanas” e que em caso de agressão russa seria de esperar “ainda mais”. A ajuda não é, no entanto, suficiente para alterar um equilíbrio de forças desfavorável e a Ucrânia tem pedido mais ajuda além dessa, explicou ainda a fonte à CNN.
Entretanto, os republicanos na Câmara dos Representantes apresentaram na segunda-feira um projecto de lei para aumentar as capacidades de defesa de Kiev.
O Politico diz que a proposta – que considera improvável que chegue sequer a ser discutida em plenário – iria obrigar o Presidente, Joe Biden, a voltar a impor sanções ao gasoduto Nord Stream 2 dentro de 15 dias, a determinar que 200 milhões de dólares da ajuda à Ucrânia fosse obrigatoriamente para capacidades de defesa aérea e navios e a requerer que os EUA determinassem se a Rússia é ou não um estado que apoia o terrorismo.
Para alguns republicanos como Mike Turner, do Ohio, Biden “não está a armar de modo adequado a Ucrânia nem a dissuadir a Rússia em termos militares”, declarou no Twitter.