Alentejo é um dos destinos para 2022, diz o The New York Times. Palavra-chave: sustentabilidade
O programa de sustentabilidade implementado nas vinhas do Alentejo coloca a região portuguesa entre as sugestões de viagem do The New York Times para 2022, este ano dedicadas a “lugares ao redor do mundo onde os viajantes podem fazer parte da solução”.
Chega o início do ano e, mesmo em pandemia, a tradição mantém-se: um pouco por todo o mundo multiplicam-se as listas com alguns dos destinos que vão dar que falar – e viajar – nos próximos doze meses. A Fugas não é excepção – aqui pode encontrar 12 sugestões, da Bolívia à Sérvia – nem o The New York Times que, para 2022, destaca 52 “lugares ao redor do mundo onde os viajantes podem fazer parte da solução”.
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Chega o início do ano e, mesmo em pandemia, a tradição mantém-se: um pouco por todo o mundo multiplicam-se as listas com alguns dos destinos que vão dar que falar – e viajar – nos próximos doze meses. A Fugas não é excepção – aqui pode encontrar 12 sugestões, da Bolívia à Sérvia – nem o The New York Times que, para 2022, destaca 52 “lugares ao redor do mundo onde os viajantes podem fazer parte da solução”.
Entre o elenco de destinos que estão a criar mudanças positivas, sejam ambientais ou culturais, e onde os viajantes podem ajudar, está o Alentejo, única região portuguesa que integra a lista, em destaque no sétimo lugar devido à implementação de um projecto de conservação de água e medição da pegada ecológica na produção vinhateira da região.
“O Alentejo tem a maioria dos elementos necessários à produção de vinho: sol, solo, castas autóctones e um legado vitivinícola secular. O que falta? Chuva”, começa por apontar o texto dedicado ao Alentejo. Em 2015, acrescenta o The New York Times, a região criou o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo e, desde então, a implementação de medidas como “o desenvolvimento de culturas de cobertura para retenção de água e criação de lagoas para recolher água da chuva”, o projecto já contribuiu para que as herdades vinícolas aderentes “reduzissem o consumo médio de água em 20%”.
No ano passado, nota o texto assinado pela jornalista AnneLise Sorensen, o programa “criou um processo de certificação” e, entre os planos de futuro, conta-se “uma calculadora online” que permitirá a cada herdade medir a sua pegada hídrica e de carbono. Entre as propriedades que integram o programa, dão como exemplo a Herdade de Coelheiros, no concelho de Arraiolos e com uma aposta forte no enoturismo, que integra “um pomar de nogueiras, um montado de sobro, um rebanho de ovelhas e uma solução orgânica para o controlo de ervas daninhas”, entre outras medidas com vista à sustentabilidade da produção. Na Fugas também destacámos recentemente outras aderentes, como a Herdade da Malhadinha Nova.
Além do Alentejo, há destinos com trilhos e trilhos de bicicleta para inspirar viajantes preocupados com a pegada de carbono (Normandia, França), a riqueza gastronómica de Queens (bairro de Nova Iorque, EUA) e os projectos sociais ligados à restauração (Evia, Grécia ou Cleveland, EUA), ou destinos que resistem ao excesso de turismo, como Chioggia (Itália).
Entre os destaques, estão ainda o novíssimo Parque Nacional de Chimanimani, em Moçambique, a “arte e arqueologia no remoto” Parque Nacional da Serra de Capivara, no Brasil, o arquipélago das Ilhas Cíes ou El Hierro, em Espanha.
“Por enquanto, nem todos os lugares da lista estão abertos aos viajantes, e alguns foram duramente atingidos pelo vírus”, lê-se na newsletter enviada pela publicação norte-americana esta manhã. “A nossa mensagem não é partir no próximo avião, mas usar esta lista como inspiração para as suas próprias viagens, com maior propósito e mais gratificantes, no próximo ano e depois”, escreve a editora da secção de Viagens, Amy Virshup.