Alemanha restringe mais o acesso a restaurantes e bares excepto para quem tem terceira dose
Chanceler Olaf Scholz anuncia novas regras para fazer face à variante Ómicron, destacando a importância da dose de reforço da vacina. Parlamento discutirá em breve vacinação obrigatória.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou esta sexta-feira mais medidas de restrição de contactos, com distinções importantes para quem tem a dose de reforço (3ª dose), recomendada desde Novembro aos maiores de 18 anos no país. “São regras rigorosas, mas pragmáticas”, defendeu o chanceler, depois de se reunir com os 16 chefes de governo dos estados federados, que partilham a responsabilidade pelas decisões de saúde e controlo da pandemia.
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O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou esta sexta-feira mais medidas de restrição de contactos, com distinções importantes para quem tem a dose de reforço (3ª dose), recomendada desde Novembro aos maiores de 18 anos no país. “São regras rigorosas, mas pragmáticas”, defendeu o chanceler, depois de se reunir com os 16 chefes de governo dos estados federados, que partilham a responsabilidade pelas decisões de saúde e controlo da pandemia.
Uma das principais mudanças tem a ver com o acesso a bares e restaurantes, por serem em espaços interiores onde as pessoas estão sem máscara. Aí poderá entrar quem esteja vacinado com duas doses, ou recuperado da doença, e apresente ainda um teste negativo feito no próprio dia. Quem tiver as três doses da vacina será dispensado da apresentação do teste.
Também as regras de isolamento e quarentena são diferentes para quem tiver duas doses da vacina (ou recuperação da doença) ou as três doses: quem tiver tido a dose de reforço será dispensado de quarentena em caso de contacto de risco com uma pessoa infectada. Nos outros casos, o período de isolamento de infectados ou contactos de risco, que era de 14 dias, será encurtado para dez dias se não houver sintomas, ou com um resultado negativo no teste PCR ou antigénio ao sétimo dia.
A excepção são casos em hospitais e lares, onde a quarentena só pode ser encurtada com um resultado negativo num teste PCR ao sétimo dia, não sendo admitido o teste antigénio.
Por trás desta diminuição de tempo de isolamento e quarentena está a necessidade de assegurar que não falta pessoal para trabalhar em sectores essenciais como a saúde, polícia ou bombeiros, quando os casos continuam a aumentar no país assim como a presença da variante Ómicron, mais transmissível, que em muitos estados federados já está a substituir a Delta. O Instituto Robert Koch (RKI) anunciou que o número de novos casos de infecção (média móvel a sete dias por 100 mil habitantes) é neste momento de 303,4.
Scholz dedicou uma parte importante do anúncio a falar da vacinação. “Precisamos de ter mais progressos na vacinação – está a haver, mas não tão rápidos como gostaríamos”, declarou. “A melhor protecção contra a Ómicron é a dose de reforço”, sublinhou. A Alemanha tem neste momento 71,5% da população totalmente vacinada, e 40,9% já recebeu a dose de reforço (3ª dose).
O chanceler disse ainda que na reunião recebeu o apoio de todos os ministros presidentes dos estados federados em relação a declarar a vacinação obrigatória, uma medida que será em breve discutida no Parlamento. “Senti o máximo apoio” nesta questão, declarou Scholz.