Quando uma carta do senhorio chegou à Casa Chinesa com um aviso de aumento da renda para 3000 euros, Lídia entristeceu. A trabalhadora, na casa há 47 anos, traz o nome bordado na bata azul e é por ele chamada por boa parte da clientela da histórica mercearia fina. “Esta casa é única no Porto, já passaram por aqui gerações: avós, pais e filhos”, conta enquanto atende uma cliente que lhe confia a missão de escolher “a melhor alheira que tiver”. “Andamos apreensivas e tristes. Isto não pode acabar assim, alguém tem de fazer alguma coisa por nós.”
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Quando uma carta do senhorio chegou à Casa Chinesa com um aviso de aumento da renda para 3000 euros, Lídia entristeceu. A trabalhadora, na casa há 47 anos, traz o nome bordado na bata azul e é por ele chamada por boa parte da clientela da histórica mercearia fina. “Esta casa é única no Porto, já passaram por aqui gerações: avós, pais e filhos”, conta enquanto atende uma cliente que lhe confia a missão de escolher “a melhor alheira que tiver”. “Andamos apreensivas e tristes. Isto não pode acabar assim, alguém tem de fazer alguma coisa por nós.”