Casa Chinesa luta contra despejo: “Isto não pode acabar assim”

Mercearia fina com 82 anos corre o risco de fechar, depois de senhorio propor aumentar a renda para 3000 euros. Pandemia atrasou avaliação de candidatura ao programa camarário de protecção de lojas históricas

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Loja fez 82 anos no dia 18 de Dezembro Nelson Garrido

Quando uma carta do senhorio chegou à Casa Chinesa com um aviso de aumento da renda para 3000 euros, Lídia entristeceu. A trabalhadora, na casa há 47 anos, traz o nome bordado na bata azul e é por ele chamada por boa parte da clientela da histórica mercearia fina. “Esta casa é única no Porto, já passaram por aqui gerações: avós, pais e filhos”, conta enquanto atende uma cliente que lhe confia a missão de escolher “a melhor alheira que tiver”. “Andamos apreensivas e tristes. Isto não pode acabar assim, alguém tem de fazer alguma coisa por nós.”

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Quando uma carta do senhorio chegou à Casa Chinesa com um aviso de aumento da renda para 3000 euros, Lídia entristeceu. A trabalhadora, na casa há 47 anos, traz o nome bordado na bata azul e é por ele chamada por boa parte da clientela da histórica mercearia fina. “Esta casa é única no Porto, já passaram por aqui gerações: avós, pais e filhos”, conta enquanto atende uma cliente que lhe confia a missão de escolher “a melhor alheira que tiver”. “Andamos apreensivas e tristes. Isto não pode acabar assim, alguém tem de fazer alguma coisa por nós.”