Secretária-geral da AHRESP pede “medidas reparadoras” imediatas para o turismo
O anúncio de menos restrições na restauração e alojamento é positivo, mas, diz Ana Jacinto, houve já um forte impacto negativo nas últimas semanas e há ainda medidas em vigor, que “deviam ser imediatamente acompanhadas de medidas reparadoras para compensar os prejuízos dos estabelecimentos”.
“O alívio de medidas restritivas é sempre positivo”, diz a secretária geral da AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, depois de esta quinta-feira ter sido anunciado que bastava a apresentação do certificado para fazer o check-in num alojamento (sem adicionar também um teste) ou entrar num restaurante (ao contrário do que aconteceu na véspera do Natal, por exemplo). No entanto, sublinha estar “muito preocupada” com o que se está a verificar no sector.
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“O alívio de medidas restritivas é sempre positivo”, diz a secretária geral da AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, depois de esta quinta-feira ter sido anunciado que bastava a apresentação do certificado para fazer o check-in num alojamento (sem adicionar também um teste) ou entrar num restaurante (ao contrário do que aconteceu na véspera do Natal, por exemplo). No entanto, sublinha estar “muito preocupada” com o que se está a verificar no sector.
Num inquérito aos associados, que mostrou os impactos negativos das recentes medidas restritivas, 20% disse ter tido quebras de facturação superiores a 50% em Dezembro, face a idêntico mês de 2020 (que, por sua vez, tinha sido bem pior do que Dezembro de 2019), após uma queda nas reservas. Além disso, recorda, há restrições que ficam em vigor, como a que impõem o teletrabalho até dia 14 de Janeiro, com impacto negativo na circulação de pessoas e na restauração, e o encerramento de bares e discotecas.
“Não contestamos as medidas de carácter sanitário, mas estas têm impacto negativo, e deviam ser imediatamente acompanhadas de medidas reparadoras para compensar os prejuízos dos estabelecimentos”, realça, algo que só está a acontecer para bares e discotecas (e com atrasos).
“Os nossos sectores de actividade estão muito fragilizados, com tesourarias depauperadas, e parece estar a acontecer uma ‘tempestade perfeita’, com o preço dos combustíveis, da energia, das matérias-primas, a aumentarem”, afirma, acrescentando que este está a ser um período difícil, que “os próximos meses serão difíceis, e, com restrições sanitárias, mais difíceis serão”.
No boletim que envia diariamente aos seus associados, a AHRESP defendeu também esta sexta-feira a criação de “uma campanha de incentivo ao consumo na restauração e bebidas, bem como no alojamento turístico, que estimule os portugueses a consumir” nesses estabelecimentos e contribua para a sua dinamização. A procura, refere esta associação, tem sido profundamente afectada por factores como o “clima de insegurança e incerteza sentido entre consumidores” e a falta de turistas.
Esta quinta-feira, o Governo anunciou que ia manter, pelo menos até ao dia 9 de Fevereiro, a exigência de teste negativo à covid-10 a todos os passageiros de voos internacionais (mesmo os que têm o certificado de vacinação válido com as duas doses), tal como o novo regime de sanções aos passageiros e às companhias aéreas que não cumpram as regras. Segundo os dados apresentados esta quinta-feira pelo executivo, desde o dia 1 de Dezembro foram fiscalizados mais de 1,2 milhões de passageiros e 11.000 voos, tendo sido aplicadas multas a dois mil passageiros e a 38 companhias aéreas por falta de teste.