Santa Clara afundou o campeão
Sporting perde pela primeira vez no campeonato, derrotado pelos açorianos por 3-2 a fechar a primeira volta.
O Sporting era quem estava num registo histórico, mas foi o Santa Clara que fez história nesta sexta-feira. A formação açoriana acabou com a invencibilidade “leonina” no campeonato, ao triunfar por 3-2, em São Miguel, em jogo que fechou a primeira volta para as duas equipas. Foi a primeira vitória da formação açoriana sobre o Sporting, mais de 20 anos depois de se terem defrontado pela primeira vez. Já os “leões” perdem pela primeira vez no campeonato depois de 11 vitórias consecutivas e podem perder o comboio da liderança caso o FC Porto pontue com o Estoril nesta jornada.
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O Sporting era quem estava num registo histórico, mas foi o Santa Clara que fez história nesta sexta-feira. A formação açoriana acabou com a invencibilidade “leonina” no campeonato, ao triunfar por 3-2, em São Miguel, em jogo que fechou a primeira volta para as duas equipas. Foi a primeira vitória da formação açoriana sobre o Sporting, mais de 20 anos depois de se terem defrontado pela primeira vez. Já os “leões” perdem pela primeira vez no campeonato depois de 11 vitórias consecutivas e podem perder o comboio da liderança caso o FC Porto pontue com o Estoril nesta jornada.
Não há Rúben? Não há problema. Tem sido assim em todos os jogos do Sporting sem o treinador no banco. Nas oito ocasiões em que isso aconteceu, fosse pela covid-19 ou por castigos, os “leões” ganharam sete e empataram um. E seria com esse espírito que o campeão nacional se apresentava nos Açores, confiante nas rotinas adquiridas para fechar a primeira volta com mais uma vitória e manter-se a salvo de qualquer ultrapassagem da outra equipa invencível deste campeonato e que também poucos pontos perde, o FC Porto.
Quase no extremo oposto, o Santa Clara luta pela sobrevivência na I Liga, já no seu terceiro treinador da época e perigosamente próximo da zona de despromoção. Pouco estável, mas, ainda assim, capaz de jogos de grande brilhantismo, como já se tinha visto na Taça da Liga frente ao FC Porto. Não seria o candidato mais óbvio para tirar pontos ao campeão nacional, mas, olhando para esta formação açoriana, é um caso clássico de: vale mais do que os pontos que tem.
Os açorianos entraram com bom espírito, bem instruídos por Tiago Sousa, a pressionar o Sporting na sua saída a partir de trás e a preencher bem o meio-campo. Mas os “leões”, sem terem feito muito por isso, colocaram-se na frente aos 10’, com um tremendo remate de fora da área de João Palhinha, que não deu quaisquer hipóteses ao guarda-redes Marco. E a história recente tem mostrado que o Sporting dificilmente cede a vantagem quando se vê a ganhar. Mas o Santa Clara, naturalmente, não queria participar dessa narrativa.
A verdade é que a equipa de Amorim não conseguia exercer o controlo sobre o jogo e o Santa Clara, bem armado do meio-campo para a frente, foi criando perigo. Aos 27’, um toque de habilidade de Lincoln deixou Jean Patric na cara de Adán, mas o remate saiu ao lado. Três minutos depois, o brasileiro não iria falhar. Jogada muito bem trabalhada, com Sagna a fazer a assistência para Jean Patric marcar o 1-1, resultado que se verificava ao intervalo.
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Na segunda parte, o Sporting não levou muito tempo até dar novo esticão no resultado. Aos 50’, Pedro Gonçalves fez um excelente passe longo até à área açoriana, onde estava Pablo Sarabia para finalizar com um remate de primeira com o pé direito. Mas os “leões” nem tiveram tempo para saborear o golo. No minuto seguinte, foi Jean Patric a fazer a assistência para Lincoln nivelar outra vez o resultado.
Aqui estava o Santa Clara, equipa em perigo de despromoção e com um dos piores ataques do campeonato, a marcar dois golos a uma equipa que sofre muito pouco. E não ia ficar por aqui. Aos 78’, numa perda de bola de Esgaio, Lincoln levou a bola até à área “leonina” esperou pela chegada de Ricardinho e o médio não falhou. O Sporting foi com tudo nos últimos minutos e até Coates foi para ponta-de-lança, mas este não era um bom dia para os “leões” – que ainda acabaram o jogo com dez, por expulsão de Daniel Bragança por falta sobre Ricardinho. Mas nem o uruguaio valeu.