Carnaval no Brasil: Rio, São Paulo, Salvador e Olinda já cancelaram festejos de rua

Pelo segundo ano consecutivo, a pandemia anula a maioria dos festejos de Carnaval no “País do Carnaval”. Mas algumas cidades não vai deixar o samba morrer, pelo menos em sambódromos ou espaços controlados.

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Pelo segundo ano consecutivo, os maiores Carnavais do mundo, os do Brasil, ficam quase sem festas públicas, tal como acontecerá em Portugal na Madeira ou Nazaré e Loulé. Mas para evitar descontrolo em festas privadas haverá excepções e controlo.

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Pelo segundo ano consecutivo, os maiores Carnavais do mundo, os do Brasil, ficam quase sem festas públicas, tal como acontecerá em Portugal na Madeira ou Nazaré e Loulé. Mas para evitar descontrolo em festas privadas haverá excepções e controlo.

“O Carnaval de rua, nos moldes até 2020, que já não havia acontecido em 2021, não poderá acontecer este ano. Tendo em vista os dados epidemiológicos que temos e que poderemos ter, vimos que seria muito difícil fazer o Carnaval de rua”, anunciou Eduardo Paes, que preside à autarquia do Rio de Janeiro. Decisões similares foram tomadas já por outras partes do Brasil, incluindo Salvador da Bahia e Olinda ou São Paulo, que anunciou a decisão na quinta-feira.

No Rio, porém, pode ainda haver festa. Apesar de se cortarem os “blocos de rua”, onde é “praticamente inviável” que se possa “estabelecer um controlo”, o prefeito admite a possibilidade de “controlo” nos bailes e desfile no Sambódromo, tendo sido confirmada a realização do desfile na Marquês da Sapucaí. “De certa maneira, isso também vale para as festas em espaço fechado, é possível fazer um controle”, sublinhou Paes em informação oficial.

Também a icónica Olinda, no Nordeste, perto do Recife, anunciou, esta quarta-feira, o cancelamento do Carnaval de rua, seguindo a recomendação do Comité Científico do Consórcio Nordeste. A prioridade é “a saúde da população por conta do actual período pandémico da covid-19 e aumento do número de casos de influenza”.

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São Paulo, 2020 EPA/SEBASTIAO MOREIRA

“O cenário pandémico não nos permite fazer este que é o maior Carnaval do mundo. Mesmo assim, vamos continuar investindo com muita atenção na cultura da nossa cidade que é Património Cultural da Humanidade”, disse o presidente da autarquia, Lupércio Nascimento.

Já Salvador da Bahia tinha confirmado que não avançaria com festejos públicos de Carnaval - nem outros, como a tradicional Lavagem do Bonfim, agendada para este mês.

Dos lados de São Paulo, a decisão foi tomada na quinta-feira. “Por conta da situação epidemiológica está cancelado o Carnaval de Rua de SP. Nós vamos sentar com a Liga das Escolas de Samba para combinar um protocolo para a realização dos desfiles no sambódromo. Caso eles aceitem os protocolos, os desfiles serão mantidos”, disse o presidente da câmara, citado pela Globo. Mas serão mantidos os desfiles no Sambódromo do Anhembi, nos finais de Fevereiro, se houver a garantia do cumprimento dos protocolos sanitários.

Muitas outras cidades também ainda não definiram o seu Carnaval, incluindo Recife, Maceió, Manaus, João Pessoa, Porto Alegre ou Natal, resume a CNN Brasil.

Do lado dos cancelamentos já confirmados encontram-se cidades como Belém, Fortaleza, Florianópolis, Curitiba ou São Luís.


Actualizado a 6/01 com informação sobre São Paulo