Sob a ameaça da Ómicron, automóveis marcam presença virtual na CES de Las Vegas

A Feira de Electrónica de Consumo (CES, na sigla original) está de regresso a Las Vegas, mas a indústria automóvel optou por fazer as suas revelações de forma virtual.

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Tudo aponta para que a mais recente variante do coronavírus SARS-CoV-2 seja a mais benigna. Mas, os estudos também indicam que a Ómicron é muito contagiosa e, por isso, as cautelas redobram-se à medida que os casos disparam: na segunda-feira, os EUA atingiram o recorde mundial de um milhão de casos de covid-19 em 24 horas, número que, à semelhança do que acontece em Portugal, também reflecte o aumento no número de testes realizados.

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Tudo aponta para que a mais recente variante do coronavírus SARS-CoV-2 seja a mais benigna. Mas, os estudos também indicam que a Ómicron é muito contagiosa e, por isso, as cautelas redobram-se à medida que os casos disparam: na segunda-feira, os EUA atingiram o recorde mundial de um milhão de casos de covid-19 em 24 horas, número que, à semelhança do que acontece em Portugal, também reflecte o aumento no número de testes realizados.

É com este cenário que a CES - Consumer Electronics Show abre as portas ao público esta quarta-feira, tendo já reduzido a duração do evento num dia: em vez de terminar no sábado, a organização adiou o encerramento para sexta-feira, dia 7, numa “medida de segurança adicional aos actuais protocolos de saúde [de combate à pandemia] que foram postos em prática para a CES”. Mas, ainda antes de tais soluções de última hora, já a indústria automóvel tinha dado sinais de que não estava disposta ainda a alinhar num evento presencial — terá sido esse sentimento uma das razões que ditaram o cancelamento do regresso de Genebra que, ao fim de dois anos, pretendia voltar com o salão aos moldes presenciais.

BMW, General Motors e Stellantis anunciaram que não iriam levar a Las Vegas as suas novidades — pelo menos, presencialmente, já que qualquer uma das três construtoras tratou de arranjar meios para revelações digitais. E não poderia ser diferente depois de todo o investimento para encontrar e desenvolver produtos para levar à Feira de Electrónica de Consumo.

No caso da marca bávara, a decisão de não ir à cidade do Nevada está em linha com a sua decisão de não haver qualquer participação presencial em nenhum tipo de evento nestes primeiros dias do ano. No que diz respeito à CES, a BMW criou um programa totalmente digital, que será transmitido a partir da Alemanha, e no qual caberão algumas revelações, como a versão topo de gama do SUV 100% eléctrico iX. Há ainda muito pouco que se sabe sobre o iX xDrive M60, mas o que lhe não deverá faltar é fôlego, com uma potência prevista superior a estrondosos 600cv.

No coração da norte-americana General Motors (GM), que integra no seu portefólio emblemas como a Buick, a Cadillac ou a Chevrolet, também paira o receio de avançar presencialmente. Ou seja, o aguardado discurso da CEO Mary Barra e a revelação de um novo veículo eléctrico vão acontecer, mas online. É já esta quarta-feira e terá como estrela a novel pick-up Silverado EV, pouco relevante para o mercado luso desde que a Chevrolet interrompeu a venda de veículos novos em Portugal, em 2014, decisão que viria a alastrar-se a toda a Europa (excepto para dois modelos icónicos: Camaro e Corvette).

Por seu turno, o conglomerado Stellantis, que reúne os grupos ítalo-americanos Fiat Chrysler Automobiles e o francês PSA (Citroën, DS, Opel e Peugeot), anunciou que, numa apresentação virtual, ira revelar o concept Chrysler Airflow, além de novas formas de mobilidade, como o já conhecido Citroën Ami ou o Skate Mobility, “um robô de transporte autónomo e eléctrico que se desloca pelas cidades, emparelhado com Pods, oferecendo uma mobilidade urbana fluida, partilhada e inventiva”.

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Mercedes-Benz Vision EQXX DR

Já a Mercedes-Benz cancelou a sua presença na CES, pondo “a saúde e a segurança” em primeiro plano, e apresentou digitalmente e por meios próprios o Vision EQXX, o concept que faz uso de células solares para percorrer mais de 25 quilómetros e que, graças a uma bateria de carregamento externo e a um consumo reduzido (fala-se de 10 kWh/100km), consegue realizar mais de mil quilómetros com uma só carga.