Detido em Espanha português considerado um dos maiores burlões com criptomoedas na Europa

O total de activos bloqueados foi de mais de dois milhões e meio de euros.

Foto
Autoridades espanholas detiveram português em Valência Guardia Civil

Um homem de 45 anos de nacionalidade portuguesa foi detido pela polícia espanhola por suspeitas de ser “um dos maiores burlões com investimentos em criptomoedas a nível europeu”, divulgou hoje a Guarda Civil em comunicado.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Um homem de 45 anos de nacionalidade portuguesa foi detido pela polícia espanhola por suspeitas de ser “um dos maiores burlões com investimentos em criptomoedas a nível europeu”, divulgou hoje a Guarda Civil em comunicado.

“A Guarda Civil [correspondente à GNR portuguesa] deteve em Valência [região este] um dos maiores burlões com falsos investimentos em criptomoedas a nível europeu”, segundo a mesma nota informativa.

De acordo com a polícia espanhola, a operação chamada “BITDROP” permitiu a detenção de um homem de 45 anos, de nacionalidade portuguesa, que é acusado de sete crimes de fraude e de branqueamento de capitais.

O detido teria criado uma plataforma de investimento em criptomoedas numa página na Internet, que foi divulgada através de vários fóruns, programas de rádio, eventos desportivos e até eventos de caridade, a fim de atrair a atenção e o investimento de numerosas pessoas em Espanha e em Portugal.

A plataforma oferecia um rendimento mínimo de 2,5% por semana aos investidores, dependendo do montante da sua contribuição.

Segundo a polícia espanhola, o método utilizado é conhecido como o “esquema ponzi”, que tenta enganar as vítimas, que acreditam que os lucros obtidos provêm de uma actividade legal, embora os fundos venham de outros investidores também enganados.

O investimento em criptomoedas era um esquema de sucesso, de modo que as vítimas investiam quantias de dinheiro cada vez maiores e atraíam mais investidores.

Como resultado das investigações, foram identificadas várias vítimas em Espanha e descobriu-se que o homem preso, “que tinha um elevado nível de vida”, tinha também cometido crimes no Luxemburgo, Suíça e Portugal.

A 2 de Dezembro passado, foram efectuadas buscas na casa do suspeito, na sede da empresa e numa oficina onde ele estava a esconder parte do património.

Várias contas bancárias e páginas na Internet de acesso à plataforma foram bloqueadas, bem como apreendidos cerca de vinte veículos topo de gama.

O total de activos bloqueados foi de mais de dois milhões e meio de euros, segundo a Guarda Civil.