Para estas celebridades, 2021 foi um ano para esquecer
Nem todos chegam a 31 de Dezembro com vontade de celebrar os últimos 365 dias. E, para estas celebridades, 2021 foi um ano que muito provavelmente gostariam de esquecer, com a maioria a preparar-se para as dificuldades que 2022 vai trazer.
Alec Baldwin
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Alec Baldwin
O nome de Alec Baldwin marca o ano de 2021 e não por um bom motivo. Durante um ensaio do filme Rust, que envolvia uma arma, um projéctil foi disparado e atingiu mortalmente a directora de fotografia Halyna Hutchins. A mesma bala feriu ainda o realizador Joel Souza, que se encontrava junto da técnica, atrás de uma câmara. Depois dos momentos de choque, Alec Baldwin veio a público negar que o ambiente de filmagens fosse caótico, assegurando que não apertou o gatilho da arma em causa. No entanto, membros da equipa interpuseram acções contra Alec Baldwin: uma directamente contra o actor, por agressão e inflicção intencional de sofrimento emocional, já que, explicou a anotadora, o argumento não mencionava que a arma devia ser disparada durante a cena em causa; e outra contra a produção, da qual Baldwin fazia parte, por negligência e ineficácia na implementação de medidas de segurança. C.B.R.
Bill Gates
Na lista dos divórcios mais mediáticos de 2021, Bill e Melinda Gates estão no topo. Depois de 27 anos de união, o casamento dos filantropos norte-americanos chegou ao fim. A notícia foi partilhada pelo fundador da Microsoft num comunicado conjunto onde o ex-casal explicava que, “depois de muita reflexão e muito trabalho na relação”, tinha decidido separar-se. “Ao longo dos últimos 27 anos criámos três crianças incríveis e construímos uma fundação que trabalha por todo o mundo para permitir que as pessoas tenham vidas saudáveis e produtivas”, escreveram, explicando, que já não acreditavam poder continuar a crescer como casal. Os dois prometeram continuar a trabalhar na fundação Bill & Melinda Gates, fundada há quase 22 anos, e que se dedica a combater a desigualdade no mundo. Mas, na origem do divórcio Gates poderá ter estado a relação do multimilionário com Jeffrey Epstein, acusado de abuso e tráfico sexual de menores. Mas essa não foi a única razão: o empresário também reconheceu, através da sua porta-voz, que teve um caso extraconjugal com uma funcionária da Microsoft. O certo é que aquele que já foi o homem mais rico do mundo, no mesmo dia do anúncio da separação, transferiu para a ainda mulher acções no valor de quase 2,4 mil milhões de dólares. I.D.F.
Ghislaine Maxwell
Culpada. A dois dias do fim de 2021, Ghislaine Maxwell ficou a saber que 2022 não se adivinha mais fácil que o ano que finda. A socialite britânica, de 60 anos (cumpridos no dia de Natal e atrás de grades), uma de nove filhos do barão de media Robert Maxwell, rival de Rupert Murdoch, dando a cara por jornais como o Daily Mirror, foi considerada culpada de cinco dos seis crimes de que era acusada, incluindo de tráfico sexual de menores. O júri deliberou, assim, que ficou provado que a antiga namorada e parceira de negócios de Jeffrey Epstein recrutava, aliciava e preparava jovens para o predador sexual, que foi encontrado morto, a 10 de Agosto de 2019, quando se encontrava detido a aguardar julgamento. A razão, argumentaram os procuradores, estaria relacionada com a vontade em manter o magnata satisfeito e assim usufruir de um opulento nível de vida. C.B.R.
Martin Bashir
O nome de Diana Spencer voltou a fazer manchetes no ano em que a princesa do povo faria 60 anos. No centro da polémica, a BBC que, segundo uma investigação independente, conduzida pelo juiz jubilado John Anthony Dyson, “ficou aquém dos elevados padrões de integridade e transparência” no caso da entrevista de 1995, conduzida pelo jornalista Martin Bashir, entretanto caído em desgraça. De acordo com o relatório, “Bashir enganou [Charles Spencer, irmão de Diana] e induziu-o a marcar um encontro com a princesa”, além de ter mentido repetidamente aos seus chefes sobre a forma como a entrevista foi obtida. O director-geral da BBC, Tim Davie, lamentou o sucedido, mas para os filhos da princesa o arrependimento é tardio, já que, sustentou o príncipe William, segundo na sucessão ao trono britânico, Bashir “jogou com os medos e alimentou a paranóia” da mãe nos seus últimos anos de vida, o que, na sua opinião, influenciou substancialmente o que Diana disse e fez no tempo que se seguiu. O príncipe apontou ainda o dedo aos chefes da BBC da época “que olharam para o lado em vez de fazerem as perguntas difíceis”. Já Harry emitiu uma declaração sobre as várias práticas antiéticas que Diana sofreu durante a sua vida, e os efeitos nefastos que estas tiveram. “A nossa mãe foi uma mulher incrível que dedicou a sua vida ao serviço de outros. Era resiliente, corajosa e inquestionavelmente honesta. O efeito cascata de uma cultura de exploração e práticas pouco éticas acabou por lhe tirar a vida.” A entrevista em questão, que foi vista na altura por mais de 20 milhões de pessoas, gerou controvérsia devido às confissões de Diana, que, entre outros temas, abordou relações extraconjugais, distúrbios alimentares e problemas de saúde mental. Entre os vários mecanismos utilizados para conseguir que a princesa falasse, o jornalista da BBC foi acusado de a levar a acreditar que estava a ser alvo de escutas por parte dos Serviços Secretos britânicos, que os seus assistentes estariam a ser pagos para revelar informações sobre si, além de ter apresentado, para o propósito, extractos bancários falsos. C.B.R.
Linda Evangelista
Desaparecida durante cinco anos, a supermodelo Linda Evangelista, uma estrela de moda nos anos 1990, veio a público, em 2021, revelar que ficou “brutamente desfigurada”, depois de ter sido submetida a um tratamento cosmético. O tratamento CoolSculpting da Zeltiq, relatou a canadiana de 56 anos, “fez o contrário do que prometeu”. Ou seja, em vez de diminuir as células gordas, acabou por as aumentar significativamente. Nem “duas dolorosas cirurgias” corrigiram a situação, o que a levou a processar a empresa Zeltiq Aesthetics, exigindo uma indemnização de 50 milhões de dólares. Evangelista aproveitou para falar de um dos temas do ano (e do século), a saúde mental, revelando que a situação a arrastou para uma depressão profunda. I.D.F.
Príncipe André
Jeffrey Epstein, apesar de ter falecido em Agosto de 2019, continuou a estar muito presente ao longo de 2021. No caso do príncipe André, que já se tinha afastado dos deveres reais assim que o seu nome foi associado ao escândalo relacionado com abusos sexuais de menores, a questão tomou outras proporções depois de Virginia Giuffre, que diz ter sido abusada por si aos 17 anos, ter apresentado queixa formal num tribunal de Nova Iorque. A agora advogada conta ter sido vítima da rede de tráfico sexual e abuso de Jeffrey Epstein entre 2000 e 2002 e que o príncipe André a forçou a ter relações sexuais na casa da socialite britânica e amiga próxima de Jeffrey Epstein, Ghislaine Maxwell, em Londres. Segundo Giuffre, os abusos também aconteceram na mansão do magnata norte-americano em Manhattan e na ilha privada de Epstein nas Ilhas Virgens, dos EUA. A queixa, que poderá vir a nunca ser julgada devido a um formalismo jurídico, acusa o príncipe André não só de abusos, como de infligir intencionalmente sofrimento emocional. C.B.R.