Itália saúda regresso de 201 antiguidades traficadas ilegalmente para os EUA

Obras serão devolvidas às localidades de onde foram roubadas para lá serem expostas, ao invés de serem absorvidas por instituições de dimensão nacional.

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Alguns dos artefactos apreendidos EPA/Carabinieri

O ministro da Cultura italiano saudou quinta-feira o regresso ao país de 201 antiguidades, avaliadas em mais de dez milhões de euros, que estavam em galerias e museus dos Estados Unidos após terem sido traficadas ilegalmente nas últimas décadas.

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O ministro da Cultura italiano saudou quinta-feira o regresso ao país de 201 antiguidades, avaliadas em mais de dez milhões de euros, que estavam em galerias e museus dos Estados Unidos após terem sido traficadas ilegalmente nas últimas décadas.

De acordo com a Associated Press, estas 201 peças estão entre milhares apreendidas a traficantes ou devolvidas a Itália este ano, em grandes operações que também visaram redes de tráfico na Bélgica, Países Baixos, Suíça e Alemanha. Das 201 peças devolvidas pelos Estados Unidos no início desde mês, 161 foram repatriadas para Itália e 40 estão em exibição no Consulado italiano em Nova Iorque, até Março de 2022. A imprensa italiana e a Deutsche Welle citam as autoridades italianas que quantificam o valor das obras em mais de dez milhões de euros.

“Estas obras não vão acabar, como aconteceu muitas vezes no passado, todas num grande museu”, afirmou o ministro da Cultura italiano, Dario Franceschini em conferência de imprensa. Em vez disso, disse, serão devolvidas às localidades de onde foram roubadas para serem mostradas em museus nessas regiões.

“Esta é também uma grande operação de regresso, que irá adicionar valor ao nosso extraordinário país como um vasto museu. São obras de arte de uma importância absoluta, que irão atrair pessoas a esses locais e territórios”, referiu o ministro.

A devolução por parte dos Estados Unidos inclui 96 peças que estiveram no Museu Fordham de Arte Grega, Etrusca e Romana, incluindo cerâmica e ânfora antigas, uma estátua de terracota datada do século IV, apreendida numa galeria em Nova Iorque, e seis peças que estavam no Museu Getty, incluindo um grande vaso de cerâmica etrusco.

A maior parte das peças roubadas levaram as autoridades até Edoardo Almagia, um italiano a viver em Nova Iorque. As acusações contra ele em Itália, em 2006, foram rejeitadas devido ao estatuto de limitações e à prescrição dos crimes, mas um juiz de Roma ordenou em 2013 a apreensão de todas as antiguidades em Nova Iorque e em Nápoles. Edoardo Almagia continua fugido à justiça, em Itália, de acordo com a procuradoria de Manhattan.