Avaliação bancária da habitação dispara 21 euros mostrando o “aquecimento” do mercado
Em Novembro, o valor mediano de avaliação bancária fixou-se em 1272 euros por cada m2, e o número de avaliações aumentou 8,7%. Regulador bancário tem demonstrado preocupação com evolução do preço/volume de crédito.
O valor mediano de avaliação bancária tem fixado sucessivos máximos históricos e Novembro não foi excepção: o valor fixou-se em 1272 euros por metro quadrado (m2), mais 21 euros do que o observado no mesmo mês do ano anterior, e o maior salto do ano. Em termos homólogos, a taxa de variação aumentou para 11,2% (10,6% em Outubro), revela esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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O valor mediano de avaliação bancária tem fixado sucessivos máximos históricos e Novembro não foi excepção: o valor fixou-se em 1272 euros por metro quadrado (m2), mais 21 euros do que o observado no mesmo mês do ano anterior, e o maior salto do ano. Em termos homólogos, a taxa de variação aumentou para 11,2% (10,6% em Outubro), revela esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O aumento dos preços da habitação, que os bancos acompanham na avaliação que fazem dos imóveis a adquirir com recurso a crédito, tem sido seguido por um crescimento dos pedidos de empréstimos. A prová-lo, o número de avaliações bancárias consideradas em Novembro ascendeu a cerca de 30 mil, mais 8,7% que no mesmo período do ano anterior.
Nos últimos 12 meses, ou seja, desde Novembro de 2020, o valor mediano da avaliação bancária já aumentou 128 euros por m2. O crescimento dos preços no mercado imobiliário em Portugal e em alguns países europeus, com forte recurso a crédito bancária, num momento em que as taxas de juro estão em níveis historicamente baixos, é visto com preocupação pelo Banco Central Europeu e a Comissão Europeia.
O valor mediano de 1272 euros por m2 representa um aumento de 1,7% face a Outubro (1251 euros), e verificou-se em todas as regiões do país, à excepção do Alentejo e da Região Autónoma da Madeira, que mantiveram o mesmo valor.
“As maiores variações registaram-se no Centro e no Algarve (2,2% e 2,1% respectivamente)”, avança o INE, acrescentando que, em comparação homóloga, a variação mais intensa registou-se na Área Metropolitana de Lisboa (11,1%) e a menor na Região Autónoma dos Açores (0,5%).
No segmento dos apartamentos, o valor mediano de avaliação bancária fixou-se em 1401 euros por m2, tendo aumentado 11,9% relativamente a Novembro de 2020, com o valor mais elevado a registar-se no Algarve (1701 euros) e o mais baixo no Alentejo (905 euros).
A Área Metropolitana de Lisboa apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (11,6%), tendo a Região Autónoma dos Açores apresentado o menor (2%). “Comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação subiu 1,2%, tendo a Região Autónoma dos Açores registado a maior subida (3,3%). A única descida verificou-se na Região Autónoma da Madeira (-0,1%)”, adianta a fonte.
Por tipologia, o valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu 10 euros, para 1422 euros, tendo os T3 subido 19 euros, para 1248 euros. No seu conjunto, estas tipologias representaram 80,3% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise.
Nas moradias, o valor mediano foi de 1031 euros por m2 em Novembro, o que representa um acréscimo de 8,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os valores mais elevados observaram-se no Algarve (1758 euros) e na Área Metropolitana de Lisboa (1694 euros), tendo o Alentejo registado o valor mais baixo (840 euros).
De acordo com os dados divulgados, o Algarve apresentou o maior crescimento homólogo (10,3%) e o menor ocorreu na Região Autónoma dos Açores (1,2%). Comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação aumentou 2,1% e o Algarve apresentou o aumento mais acentuado (6,0%), tendo o Alentejo apresentado a única redução (-2,2%).
Comparando com Outubro, os valores das moradias T2, T3 e T4, tipologias responsáveis por 88,9% das avaliações, atingiram os 976 euros (mais 20 euros), 1019 euros (mais 22 euros) e 1092 euros (mais 14 euros).
De acordo com o índice do valor mediano de avaliação bancária, em Novembro de 2021, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa, o Alentejo Litoral e a Região Autónoma da Madeira apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país (34%, 32%, 4%, e 1% respectivamente). Beiras e Serra da Estrela foi a região que apresentou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-47%).