Há uma canção do francês Étienne Daho que é capaz de resumir numa frase o ano que agora se conclui (mas que, na verdade, também se pode aplicar ao ano de 2020): les voyages immobiles. Virtuais, se quisermos, nestes tempos em que se tenta seduzir com a ideia do “metaverso” — e o cinema sempre foi, de certo modo, uma invitation au voyage sem sair do mesmo sítio (não começaram os Lumière por mostrar a chegada de um comboio? Não vemos nós hoje por tudo quanto é sítio os “planos de drone” que são supostos mostrar-nos as paisagens como nunca as vimos antes? E não é tão mais bonito podermos ver as paisagens “à altura de homem” como, por exemplo, Jane Campion as filma em O Poder do Cão?).
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Há uma canção do francês Étienne Daho que é capaz de resumir numa frase o ano que agora se conclui (mas que, na verdade, também se pode aplicar ao ano de 2020): les voyages immobiles. Virtuais, se quisermos, nestes tempos em que se tenta seduzir com a ideia do “metaverso” — e o cinema sempre foi, de certo modo, uma invitation au voyage sem sair do mesmo sítio (não começaram os Lumière por mostrar a chegada de um comboio? Não vemos nós hoje por tudo quanto é sítio os “planos de drone” que são supostos mostrar-nos as paisagens como nunca as vimos antes? E não é tão mais bonito podermos ver as paisagens “à altura de homem” como, por exemplo, Jane Campion as filma em O Poder do Cão?).