Irão utilizou “drones suicidas” durante manobras militares
As forças militares iranianas estão a levar a cabo grandes exercícios no Sul do país, numa altura em que a tensão com Israel é elevada.
O chefe da Guarda Revolucionária do Irão, Hosein Salami, confirmou a utilização de “drones suicidas” durante as manobras militares realizadas nos últimos dias no Sul do país, na região do Golfo Pérsico.
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O chefe da Guarda Revolucionária do Irão, Hosein Salami, confirmou a utilização de “drones suicidas” durante as manobras militares realizadas nos últimos dias no Sul do país, na região do Golfo Pérsico.
Salami indicou, em declarações à imprensa durante o quarto dia das manobras “Grande Profeta 17”, que foram utilizados de forma “efectiva” vários “drones suicidas e ofensivos”, como noticiou a agência Mehr.
Para além disso, Salami sublinhou que as forças iranianas conseguiram colocar minas em objectivos móveis e testaram um carro de combate de fabrico nacional, e destacou a coordenação entre as forças terrestres, navais e aéreas da Guarda Revolucionária.
As manobras “Grande Profeta 17” arrancaram na segunda-feira e vão durar até sábado numa área que inclui as províncias de Hormozgán, Juzestan e Bushehr, onde se localiza a única central nuclear do país.
No início dos exercícios, o general Gholamali Rashid preveniu os Estados Unidos e Israel contra qualquer ataque. “Qualquer ameaça ao programa nuclear ou às bases militares do Irão por parte do regime sionista não é possível sem a ‘luz verde’ e o apoio dos EUA”, afirmou.
Na quarta-feira, o próximo comandante da Força Aérea israelita, Tomer Bar, revelou que as forças israelitas têm capacidade para levar a cabo bombardeamentos contra as instalações nucleares do Irão caso receba a ordem para os executar, no contexto de elevada tensão entre os dois países.
O Irão anunciou a sua retirada dos seus compromissos no âmbito do acordo nuclear, depois de os EUA terem abandonado o tratado de forma unilateral, embora as autoridades iranianas insistam que todos estes passos podem ser revertidos caso Washington retire as sanções e regresse ao acordo.