Para a música portuguesa e para o fado, 2021 começou de luto: no dia 1 de Janeiro morreu Carlos do Carmo, dois anos após ter anunciado que ia abandonar os palcos. O disco que deixou gravado, E Ainda…, lançado em Abril, ouve-se como se assistíssemos a uma bem montada peça de teatro, na qual empenhou todas as forças, numa digna e emotiva despedida. Dele emana uma melancolia que está também presente em Ruas e Memórias, excelente trabalho de Marco Oliveira com José Mário Branco, acabado horas antes de este nos deixar. É um disco que percorre Lisboa com um olhar de amargura e perda, mas também de renovação (e neste mesmo ano Camané lançou o primeiro disco sem José Mário, Horas Vazias).
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Para a música portuguesa e para o fado, 2021 começou de luto: no dia 1 de Janeiro morreu Carlos do Carmo, dois anos após ter anunciado que ia abandonar os palcos. O disco que deixou gravado, E Ainda…, lançado em Abril, ouve-se como se assistíssemos a uma bem montada peça de teatro, na qual empenhou todas as forças, numa digna e emotiva despedida. Dele emana uma melancolia que está também presente em Ruas e Memórias, excelente trabalho de Marco Oliveira com José Mário Branco, acabado horas antes de este nos deixar. É um disco que percorre Lisboa com um olhar de amargura e perda, mas também de renovação (e neste mesmo ano Camané lançou o primeiro disco sem José Mário, Horas Vazias).