Gouveia e Melo vai ser o novo chefe do Estado-Maior da Armada
Devia ter tomado posse em Setembro, mas falha de comunicação entre Costa a Marcelo atrasou nomeação.
O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo vai ser o novo chefe do Estado-Maior da Armada, avança na edição desta quarta-feira o jornal I e confirmou o PÚBLICO. O antigo coordenador da task force da vacinação, deve tomar posse esta sexta-feira.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo vai ser o novo chefe do Estado-Maior da Armada, avança na edição desta quarta-feira o jornal I e confirmou o PÚBLICO. O antigo coordenador da task force da vacinação, deve tomar posse esta sexta-feira.
A nomeação era, na verdade, um segredo de polichinelo, e só não ocorreu em Setembro passado por uma falta de comunicação entre o gabinete do primeiro-ministro, António Costa, e a Presidência da República. É que Belém não foi, então, informada por São Bento.
De então para cá era encontrar o momento certo para a substituição. Esta terça-feira, o almirante Mendes Calado foi informado, no Ministério da Defesa, pelo ministro João Gomes Cravinho, já com o conhecimento de Marcelo Rebelo de Sousa.
Em círculos militares contactados pelo PÚBLICO, a nomeação de Gouveia e Melo era há muito esperada, porque o seu perfil se enquadra no espírito da nova Lei Orgânica de Bases de Organização das Forças Armadas (LOBOFA).
Eleito figura do ano pela imprensa estrangeira em Portugal devido à forma como coordenou a task force da vacinação contra a covid-19, Henrique Gouveia e Melo insistiu na semana passada que tinha vida militar pela frente.
Se o actual CEMA, almirante Mendes Calado, não saísse antes de terminar o seu mandato, em Fevereiro de 2023, o vice-almirante já não chegaria à direcção da Armada, pois faz 62 anos em 2022, idade que o levaria à reserva se não fosse promovido a posto superior. Já um almirante passa à reserva aos 65 anos.
Dotado de uma excelente capacidade de planeamento e coordenação, funções que desempenhava no Estado-Maior General das Forças Armadas e que transpôs para a task force, à equipa do vice-almirante se deve o ventilador mecânico Nortada X-95, desenvolvido pela Marinha e já entregue a uma empresa para a sua industrialização e comercialização.