Lexus quer abandonar combustíveis fósseis e ser “100% eléctrica” até 2030
O futuro da marca nipónica passa por abandonar mais cedo os combustíveis fósseis que a irmã Toyota. Em 2023, deverá chegar a sua segunda aventura eléctrica.
A história ganhou vida própria e, actualmente, é difícil perceber onde termina a verdade e começa o mito: conta-se que Lexus é acrónimo para “Luxury EXports to the US”, nome do projecto que teve como objectivo conquistar, no fim da década de 80 do século passado, o mercado norte-americano. No entanto, a Lexus acabaria por conquistar um lugar de referência entre os premium noutras partes do globo. Agora, mais uma revolução: vai ser uma marca com uma gama 100% eléctrica até 2030, cinco anos antes do limite imposto pela União Europeia para o fim dos motores a combustíveis fósseis.
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A história ganhou vida própria e, actualmente, é difícil perceber onde termina a verdade e começa o mito: conta-se que Lexus é acrónimo para “Luxury EXports to the US”, nome do projecto que teve como objectivo conquistar, no fim da década de 80 do século passado, o mercado norte-americano. No entanto, a Lexus acabaria por conquistar um lugar de referência entre os premium noutras partes do globo. Agora, mais uma revolução: vai ser uma marca com uma gama 100% eléctrica até 2030, cinco anos antes do limite imposto pela União Europeia para o fim dos motores a combustíveis fósseis.
O primeiro modelo nascido deste plano foi o UX 300e, que chegou ao mercado luso no início deste ano. Mas, a segunda estrela eléctrica da companhia já está na calha: o RZ 450e foi revelado na última semana e apresenta-se com um único grupo propulsor. A chegada aos mercados está prevista para 2023, sem existir previsão do preço a que será proposto – mas é expectável que se coloque na linha dos rivais Audi Q4 e-tron (desde 44.850€) ou Ford Mustang Mach-e (a partir de 49.900€).
O SUV, que partilhará vários componentes com o Toyota bZ4x, foi anunciado como espaçoso, mas sobretudo como um veículo no qual imperarão os detalhes de luxo. De acordo com a marca, o automóvel combinará um motor dianteiro de 150 kW (204cv) a um traseiro de 80 kW (109cv), o que garante tracção às quatro rodas. A bateria que virá a equipá-lo terá uma capacidade de 71,4 kWh, o que corresponde a uma autonomia de 450 quilómetros (possivelmente mais se os percursos forem estritamente urbanos, o que permite reduzir consumos e recuperar energia de forma mais eficiente). Já sobre o ponto que deixa muita gente relutante na mudança de energia, a vida útil das baterias, a Lexus garante que ao fim de dez anos ainda restará 90% da capacidade inicial.
30 eléctricos até 2030
Se, por um lado, a Lexus se vai transformar numa marca que só terá eléctricos para propor, por outro, a Toyota não vai ficar de fora deste importante jogo. Entre as duas marcas, e abrangendo automóveis de passageiros e comerciais, serão lançados 30 modelos exclusivamente a baterias eléctricas, revelou Akio Toyoda, neto do fundador da Toyota Motor Corporation e actual presidente e director executivo do grupo japonês.
Na Toyota, as atenções estarão concentradas no bZ4X, fabricado sobre a plataforma e-TNGA, mas não demorará muito para que venham mais novidades, como um novo crossover urbano eléctrico para se colocar ao lado e como alternativa ao Yaris Cross, um compacto familiar a baterias com dimensões semelhantes ao C-HR e ainda um SUV eléctrico de sete lugares.
Para concretizar o ambicioso plano, a marca anunciou o investimento de dois biliões de ienes (mais de 15.500 milhões de euros) na produção de baterias até 2030. No entanto, há algumas reticências, como as enunciadas quando a companhia se recusou a aderir ao compromisso assinado por seis grandes fabricantes de automóveis (Ford, GM, Jaguar Land Rover, Mercedes-Benz e Volvo) que acordaram eliminar progressivamente os carros movidos a combustíveis fósseis até 2040, argumentando que nem todas as partes do mundo estariam prontas para a transição para carros sem emissões até lá.
Paralelamente, anunciou a sua aposta nos motores a combustão a hidrogénio como forma de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.