Rendas aumentam mais de 7% no terceiro trimestre
O valor mediano das rendas fixou-se em 6,08 euros por metro quadrado no terceiro trimestre do ano, valor que representa um aumento de 7,4% face a igual período do ano passado.
As rendas voltaram a aumentar no período de Julho a Setembro deste ano, pelo sétimo trimestre consecutivo, ainda que o crescimento tenha sido menos acelerado do que o registado anteriormente. No terceiro trimestre deste ano, o valor mediano das rendas em Portugal já era de 6,08 euros por metro quadrado, o que representa mais 7,4% do que em igual período do ano passado.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
As rendas voltaram a aumentar no período de Julho a Setembro deste ano, pelo sétimo trimestre consecutivo, ainda que o crescimento tenha sido menos acelerado do que o registado anteriormente. No terceiro trimestre deste ano, o valor mediano das rendas em Portugal já era de 6,08 euros por metro quadrado, o que representa mais 7,4% do que em igual período do ano passado.
Os dados, ainda provisórios, foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta de que a tendência de aumento das rendas foi transversal a quase todo o país, verificando-se em 22 das 25 regiões analisadas. Os maiores aumentos, tal como já tem vindo a verificar-se desde o início da pandemia, voltaram a observar-se em regiões do interior, bem como no Alentejo litoral, onde se registou uma subida de 16,6% das rendas, a mais expressiva em todo o país.
Por outro lado, nas grandes cidades, as rendas continuam a aumentar, mas a ritmo menos acelerado. Na Área Metropolitana de Lisboa, a renda mediana ultrapassou, pela primeira vez, a fasquia dos nove euros por metro quadrado, fixando-se em 9,04 euros, o que representa um aumento de 3,9% em relação ao ano passado, abaixo da taxa de variação de 5% que tinha sido registada no trimestre anterior. Já na Área Metropolitana do Porto, as rendas aumentaram 6,7% no terceiro trimestre (o aumento tinha sido superior a 10% no trimestre anterior), para 6,65 euros por metro quadrado.
Analisando apenas os municípios com mais de 100 mil habitantes, observa-se um aumento mais expressivo das rendas nos concelhos no Norte do país. A maior subida, de 19%, regista-se em Vila Nova de Famalicão, seguindo-se Vila Nova de Gaia, com um aumento de 10,7%. Já na Área Metropolitana de Lisboa, o maior aumento ocorreu no Seixal, onde as rendas subiram 11,6%.
Lisboa mantém-se como a cidade mais cara do país para arrendar casa, ainda que os valores tenham caído durante cinco trimestres consecutivos. No terceiro trimestre deste ano, regista-se uma variação praticamente nula, de 0,1%, para uma renda mediana de 11,44 euros por metro quadrado. O município de Cascais está, assim, cada vez mais próximo da capital, com uma renda de 11,28 euros por metro quadrado no terceiro trimestre.
Menos novos contratos
Em sentido contrário ao do aumento dos preços, celebraram-se menos contratos de arrendamento no terceiro trimestre, ainda que esta redução possa ser explicada, em parte, pelo facto de, no ano passado, ter sido registado um recorde de novos contratos, numa altura em que a crise no turismo, provocada pela pandemia, levou a que vários proprietários retirassem as casas do alojamento local e as colocassem no mercado de arrendamento tradicional.
Ao todo, no terceiro trimestre, celebraram-se 22.305 novos contratos de arrendamento, valor que representa uma queda de 4,2% face a igual período do ano passado. Ainda assim, este número corresponde a um aumento superior a 8% em relação ao segundo trimestre deste ano.
A quebra da procura por casas para arrendar observou-se em quase todo o país. Entre as 25 regiões analisadas pelo INE, só em três houve um aumento do número de novos contratos celebrados: Ave (com uma subida de 6,1%), Área Metropolitana do Porto (mais 2,7%) e Alentejo litoral (mais 3%).
Já Lisboa mantém-se como a região com maior procura, com 7516 novos contratos celebrados. Este número corresponde, ainda assim, a uma queda de 3% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.