Tradicionalmente, e no sentido anglo-saxónico e mainstream, a televisão é um meio dominado por quem escreve, não por quem realiza. Este não é o caso de The Underground Railroad. Barry Jenkins escreveu e realizou esta adaptação de dez episódios do romance de Colson Whitehead. E nota-se. Por todos os poros. Aqueles close-ups, não só da protagonista Thuso Mbedu mas de muitos mais actores, sempre a humanização dos que, na maioria da ficção, são usados como saco de pancada, acumuladores de sofrimento; ou veículo para os espectadores se sentirem bem, o racismo e a escravatura estão lá no passado, bem longe… Mas aqui não. Não há mesmo nada assim em televisão.
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Tradicionalmente, e no sentido anglo-saxónico e mainstream, a televisão é um meio dominado por quem escreve, não por quem realiza. Este não é o caso de The Underground Railroad. Barry Jenkins escreveu e realizou esta adaptação de dez episódios do romance de Colson Whitehead. E nota-se. Por todos os poros. Aqueles close-ups, não só da protagonista Thuso Mbedu mas de muitos mais actores, sempre a humanização dos que, na maioria da ficção, são usados como saco de pancada, acumuladores de sofrimento; ou veículo para os espectadores se sentirem bem, o racismo e a escravatura estão lá no passado, bem longe… Mas aqui não. Não há mesmo nada assim em televisão.