Do “cheque em branco” à dissolução: Marcelo no centro do sistema
O Presidente da República chega ao fim do primeiro ano do segundo mandato com uma “bomba atómica” gasta e sem a certeza de que existe, finalmente, a “alternativa política forte” que pede desde 2016. Foi uma das figuras que marcaram o ano.
Reeleito em Janeiro com 60,66% dos votos, menos oito décimas do que o valor total da abstenção, Marcelo Rebelo de Sousa entrou no segundo mandato avisando como interpretava a terceira maior votação no Presidente da República, depois de Mário Soares em 1991 e Ramalho Eanes em 1976: não era um “cheque em branco”. Na noite da vitória, afirmou que o grande objectivo que entendia estar por trás da confiança dos portugueses era a reconstrução do país após a pandemia. O que, subentende-se, seria o que ele entendesse, em cada momento, servir melhor esse propósito.