O Homem-Aranha limpou as teias das bilheteiras

As pessoas voltaram em massa ao cinema para ver Homem-Aranha: Sem Volta a Casa, nos Estados Unidos como em Portugal. O filme de Jon Watts está a bater recordes.

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Zendaya e Tom Holland em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, que está a superar todas as expectativas de bilheteira DR

Houve 25 milhões de pessoas a irem ao cinema nos Estados Unidos neste fim-de-semana. A esmagadora maioria, 92%, foi ver, sem medo do avanço da variante Ómicron, Homem-Aranha: Sem Volta a Casa, de Jon Watts, o terceiro filme da actual versão da saga do Homem-Aranha no grande ecrã, em que a Sony se aliou aos estúdios da Marvel. Estreado em 4336 ecrãs, tirando espaço a muitos outros, teve assim o terceiro melhor fim-de-semana de estreia de sempre, atrás de dois outros filmes do Universo Cinematográfico Marvel: Vingadores: Endgame e Vingadores: Guerra do Infinito.

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Houve 25 milhões de pessoas a irem ao cinema nos Estados Unidos neste fim-de-semana. A esmagadora maioria, 92%, foi ver, sem medo do avanço da variante Ómicron, Homem-Aranha: Sem Volta a Casa, de Jon Watts, o terceiro filme da actual versão da saga do Homem-Aranha no grande ecrã, em que a Sony se aliou aos estúdios da Marvel. Estreado em 4336 ecrãs, tirando espaço a muitos outros, teve assim o terceiro melhor fim-de-semana de estreia de sempre, atrás de dois outros filmes do Universo Cinematográfico Marvel: Vingadores: Endgame e Vingadores: Guerra do Infinito.

A estreia também tem corrido bem em Portugal. Segundo dados do ICA, o filme, espalhado por 192 ecrãs, teve 1824 sessões e conseguiu 208.516 espectadores em quatro dias, de quinta-feira a domingo, o que o tornou o quarto filme mais visto do ano, destronando Venom: Tempo de Carnificina, de Andy Serkis, que fez 195.349 espectadores com 9667 sessões.

As expectativas para o filme, que poderia ajudar o negócio do cinema em tempo de pandemia, já eram altas, mas as estimativas foram ultrapassadas. Ao todo, o filme fez 253 milhões de dólares (à volta de 224 milhões de euros) nas bilheteiras, enquanto as previsões apontavam para uns mais modestos 130-150 milhões (115-133 em euros). Isto nos Estados Unidos. À volta do mundo, arrecadou 587,2 milhões de dólares (cerca de 520 milhões de euros). Seriam números impressionantes mesmo fora deste contexto pandémico, em que ainda nenhum filme tinha conseguido, num fim-de-semana, fazer mais de 100 milhões de dólares (88 milhões de euros).

Nas bilheteiras americanas, Peter Parker e os seus superpoderes puseram a um canto toda a competição. Encanto, de Jared Bush, Byron Howard e Charise Castro Smith, da Disney, perdeu 35% da facturação em relação ao fim-de-semana anterior, enquanto West Side Story, de Steven Spielberg, perdeu 68%.

Uma estreia, Nightmare Alley – Beco das Almas Perdidas, o neo-noir de Guillermo Del Toro, nova adaptação do romance de William Lindsay Gresham que já tinha sido adaptado ao cinema por Edmund Goulding em 1947, ficou em quinto lugar nas bilheteiras, com pouco menos de três milhões de dólares (à volta de dois milhões e 600 mil euros) e 1% dos bilhetes vendidos no fim-de-semana. Estava em 2145 ecrãs. Com um orçamento de 60 milhões de dólares (53 milhões de euros), é o filme mais caro de sempre da Searchlight Pictures, o estúdio que o produziu, o que poderá significar más notícias para a vida no grande ecrã de filmes que não tenham super-heróis nem pertençam a sagas reconhecíveis para o grande público.

Mundialmente, o filme mais visto do ano continua a ser The Battle at Lake Changjin, de Chen Kaige, Tsui Hark e Dante Lam, a produção chinesa mais cara de sempre. Fez 800 milhões de euros nas bilheteiras.

Homem-Aranha: Sem Volta a Casa é o nono filme de Homem-Aranha a estrear-se desde 2002, cruzando-se com as outras encarnações da personagem e dos seus vilões, seja a trilogia de Sam Raimi com Tobey Maguire no centro ou os dois filmes de Marc Webb com Andrew Garfield.