The Guardian fala em “desenvolvimento surpreendente” no caso de Abramovich
Processo de obtenção de cidadania portuguesa por parte do empresário russo tem feito eco na imprensa internacional.
A notícia do PÚBLICO sobre a obtenção da cidadania portuguesa por parte de Roman Abramovich, com recurso à lei que permite a naturalização aos descendentes dos judeus sefarditas que foram expulsos da Península Ibérica, tem corrido mundo e são inúmeros os ecos da imprensa internacional.
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A notícia do PÚBLICO sobre a obtenção da cidadania portuguesa por parte de Roman Abramovich, com recurso à lei que permite a naturalização aos descendentes dos judeus sefarditas que foram expulsos da Península Ibérica, tem corrido mundo e são inúmeros os ecos da imprensa internacional.
“Este desenvolvimento surpreendente foi confirmado no sábado pelo seu porta-voz, que revelou que o russo que é proprietário do Chelsea adquiriu a nacionalidade portuguesa no início do ano”, escreve o jornal britânico The Guardian, sublinhando que Abramovich se tornou num cidadão da União Europeia três anos depois de ter retirado a candidatura a um visto no Reino Unido.
O The Times of Israel destaca o estudo genealógico que permitiu ao milionário fazer uso desta lei portuguesa e realça também as possibilidades que ela oferece. “Um passaporte português permite a Abramovich viver e trabalhar em qualquer ponto da União Europeia. Potencialmente também tornará mais fácil fazer negócios com o Reino Unido”.
O Texas News Today sublinha que Abramovich junta agora o passaporte da UE aos passaportes russo e israelita, que já detinha, enquanto alguns sites mais dedicados ao desporto, como o Besoccer ou o Supersport, destacam a faceta de benfeitor da comunidade judaica do Porto, que é também exaltada pelo generalista britânico The Telegraph.
A Comunidade Judaica do Porto também reagiu entretanto à notícia, assegurando que “o processo de certificação de Roman Abramovich começou em 2020 e inclui certificação das mais prestigiadas instituições judaicas internacionais, com séculos de existência”. E acrescenta que já propôs que o processo de certificação de sefardismo também fosse realizado por via de uma plataforma digital, “com vista a proporcionar um trabalho de certificação conjunto, em tempo real, entre o rabinato do Porto e a conservatória”.