No final de 1496, o rei D. Manuel I tinha expectativas de herdar um trono ibérico unificado por força do seu casamento com a princesa D. Isabel, filha dos reis católicos de Espanha. A aliança matrimonial tinha um preço alto e indesejado: a saída de todos os judeus de Portugal. Em Dezembro, o monarca cedeu e assinou o decreto de expulsão, ansiando por uma conversão maciça desta ancestral comunidade religiosa tão importante para a prosperidade do reino. Mas muitos partiram para sempre. São os judeus sefarditas, já que Sefarad é o nome hebraico da Península Ibérica. Um trágico episódio da História que, 525 anos depois, tornou possível a Roman Abramovich, multimilionário russo e dono do Chelsea, tornar-se cidadão português e o mais rico do mundo.
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No final de 1496, o rei D. Manuel I tinha expectativas de herdar um trono ibérico unificado por força do seu casamento com a princesa D. Isabel, filha dos reis católicos de Espanha. A aliança matrimonial tinha um preço alto e indesejado: a saída de todos os judeus de Portugal. Em Dezembro, o monarca cedeu e assinou o decreto de expulsão, ansiando por uma conversão maciça desta ancestral comunidade religiosa tão importante para a prosperidade do reino. Mas muitos partiram para sempre. São os judeus sefarditas, já que Sefarad é o nome hebraico da Península Ibérica. Um trágico episódio da História que, 525 anos depois, tornou possível a Roman Abramovich, multimilionário russo e dono do Chelsea, tornar-se cidadão português e o mais rico do mundo.