Sporting com vitória acidentada em Barcelos
“Leões” voltam a ser líderes isolados da I Liga à condição após triunfo sobre o Gil Vicente por 0-3.
Primeiro houve pontapés e uma cabeçada. E só depois vieram os golos. Num jogo cheio de acidentes, o Sporting triunfou, neste sábado, em Barcelos, sobre o Gil Vicente (0-3), e assumiu a liderança da I Liga, um lugar em que pode voltar a ter companhia dependendo do que o FC Porto fizer frente ao Vizela. Uma expulsão para cada lado nos primeiros 20 minutos, um penálti falhado e dois golos que nasceram de remates com desvios involuntários, foi esta a receita para a décima vitória consecutiva do campeão nacional no campeonato, algo que já não conseguia há 15 anos, e para o final de uma série de três jogos sem perder para a equipa da casa.
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Primeiro houve pontapés e uma cabeçada. E só depois vieram os golos. Num jogo cheio de acidentes, o Sporting triunfou, neste sábado, em Barcelos, sobre o Gil Vicente (0-3), e assumiu a liderança da I Liga, um lugar em que pode voltar a ter companhia dependendo do que o FC Porto fizer frente ao Vizela. Uma expulsão para cada lado nos primeiros 20 minutos, um penálti falhado e dois golos que nasceram de remates com desvios involuntários, foi esta a receita para a décima vitória consecutiva do campeão nacional no campeonato, algo que já não conseguia há 15 anos, e para o final de uma série de três jogos sem perder para a equipa da casa.
Há um plano e há expectativas. E, depois, vai tudo para o lixo. Deve ter sido assim que se sentiram Ricardo Soares e Rúben Amorim após os primeiros 20 minutos do Gil Vicente-Sporting. Com tudo preparado para enfrentar um adversário em determinadas circunstâncias, mas obrigados a adaptarem-se pelo que o jogo ditou nesse período. E esperava-se um jogo equilibrado e bem jogado entre duas boas equipas a viverem bons momentos. Nada disso aconteceu.
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A história do jogo começa verdadeiramente aos 9’. Fujimoto, o virtuoso japonês do Gil, teve uma entrada impetuosa sobre Matheus Reis. Tiago Martins, o árbitro, mostrou o amarelo ao nipónico, mas João Pinheiro, o videoárbitro, aconselhou-o a ir ver as imagens. As diversas repetições mostraram uma entrada de pitons para a frente sobre o tornozelo do brasileiro e o árbitro mudou a cor do cartão para vermelho.
A jogar com menos um, Ricardo Soares tinha de reorganizar a equipa, e o Sporting praticamente nem teve tempo para saborear a superioridade numérica. Aos 21’, Pedrinho aparece no chão e o árbitro mostra o vermelho directo a Ugarte. Novamente o VAR entrou em acção para aconselhar Tiago Martins a ver as imagens e corrigir o erro: não tinha sido Ugarte a agredir o médio do Gil Vicente, mas Luís Neto, que lhe deu uma cabeçada. O central do Sporting nem reclamou. Saiu de campo cabisbaixo, provavelmente a reclamar consigo próprio.
Equilibrados nas expulsões ridículas (mas justas), Gil Vicente e Sporting lá tentaram jogar um bocadinho de futebol. Amorim remodelou a equipa, com a entrada de Nuno Santos para o lugar de Sarabia – foi para a ala esquerda, ocupando o lugar de Matheus, que foi para central. Nuno Santos tentou dar alguma profundidade ao ataque dos “leões”, que estavam com menos um homem na frente.
Não havia remates com muito perigo ou oportunidades de golo neste jogo cheio de acidentes. A primeira só aconteceu aos 36’ e só porque o VAR estava atento. Ugarte foi derrubado por Vítor Carvalho na área gilista, mas Tiago Martins não viu. A falta era evidente e o árbitro emendou o erro após ver as repetições. Pedro Gonçalves avançou para a marcação do penálti, mas quem brilhou foi Ziga Frelih o excelente guarda-redes esloveno dos minhotos.
A primeira parte teve mais sete minutos por tudo o que aconteceu, mas nem por isso se jogou muito futebol. Após o intervalo, o espectáculo melhorou ligeiramente e o Gil Vicente até teve um bom remate no reatamento, aos 47’, por Vítor Carvalho, que Adán segurou. Mas acabou por se autodestruir pouco depois, aos 53’, num passe disparatado de Rúben Fernandes interceptado por Nuno Santos. O ala dos “leões” foi na direcção da baliza e rematou com força, a bola desviou nas costas de Lucas Cunha e enganou Frelih.
O jogo estava desbloqueado, mas o Sporting não se podia sentir tranquilo. Essa sensação viria 11 minutos depois. Pedro Gonçalves, o homem do remate fácil, ensaiou um tiro, a bola não parecia ir na direcção certa, mas Gonçalo Inácio encaminhou-a para as redes do Gil Vicente. O jogo já estava bem encaminhado, mas ainda teve mais um golo, de Daniel Bragança (o seu primeiro da época), após uma excelente jogada de Paulinho. O Sporting ia mesmo sair por cima de um jogo cheio de acidentes.