Tribunais pagam tarde. Há tradutores à espera há mais de dez anos

Paula Pinto Ribeiro, presidente da Associação de Profissionais de Tradução e de Interpretação, diz que a maior parte dos tradutores recusa trabalhar para os tribunais porque pagam mal e tarde. Já há empresas de tradução à procura de tradutores para traduzir peças processuais de julgamentos portugueses. Uma das empresas diz que o trabalho é para ser feito entre o dia 21 de dezembro e o dia 5 de Janeiro. A Procuradoria-Geral da República não comenta.

Foto
A Associação de Profissionais de Tradução e de Interpretação relata alguns dos problemas que existem com os tribunais Ricardo Lopes

A falta de tradutores não afecta apenas a Procuradoria-Geral da República (PGR), que está numa corrida contra o tempo para conseguir enviar, dentro do prazo limite, toda a documentação traduzida para formalizar o pedido de extradição de João Rendeiro junto das autoridades de África do Sul. Esta carência estende-se também aos tribunais.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A falta de tradutores não afecta apenas a Procuradoria-Geral da República (PGR), que está numa corrida contra o tempo para conseguir enviar, dentro do prazo limite, toda a documentação traduzida para formalizar o pedido de extradição de João Rendeiro junto das autoridades de África do Sul. Esta carência estende-se também aos tribunais.