Gonçalo Esteves e mais dez frente ao Gil Vicente
Rúben Amorim garante titularidade do jovem ala de 17 anos na visita a Barcelos para defrontar o Gil Vicente.
Não há Pedro Porro (lesionado), nem Ricardo Esgaio (covid-19). Mas há Gonçalo Esteves, e não é pela idade (17 anos), que vai deixar opção. Muito pelo contrário. O jovem ala direito vai ser titular do Sporting no confronto deste sábado em Barcelos frente ao Gil Vicente, naquele que será o seu segundo jogo consecutivo no “onze” inicial depois do confronto para a Taça da Liga em Penafiel.
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Não há Pedro Porro (lesionado), nem Ricardo Esgaio (covid-19). Mas há Gonçalo Esteves, e não é pela idade (17 anos), que vai deixar opção. Muito pelo contrário. O jovem ala direito vai ser titular do Sporting no confronto deste sábado em Barcelos frente ao Gil Vicente, naquele que será o seu segundo jogo consecutivo no “onze” inicial depois do confronto para a Taça da Liga em Penafiel.
Não há muito hábito de os treinadores revelarem as suas opções antes dos jogos, e Rúben Amorim não o costuma fazer, mas abriu uma excepção no caso de Gonçalo Esteves. “Vai ser titular. Não há problema em dizer. Ele tem muita vontade e muitos colegas para o ajudarem. Não é risco nenhum, é uma oportunidade. Quando tem jogado, não tem falhado muito. E pode ser um jogador decisivo para nós, tanto no momento defensivo como ofensivo”, revelou o treinador “leonino”.
Mas a titularidade do antigo jogador do FC Porto foi o máximo que Amorim revelou sobre as suas opções para o jogo deste sábado. O técnico revelou que Paulinho irá estar na convocatória se tiver alta, depois de ter testado positivo à covid-19, mas não revelou se lhe iria entregar a titularidade, não se mostrando preocupado sobre a falta de ritmo competitivo que terá depois de duas semanas ausente.
“Estamos preocupados é se tem sintomas. Ele não perde a forma em tão poucos dias. A ligação que existe entre todos ajuda muito, ele já trabalha comigo há muito tempo, conhece os colegas e as rotinas da equipa. Vive um bom momento e vamos aproveitar isso”, assinalou.
Entre lesionados e infectados com covid-19, o Sporting tem sofrido com a ausência de muitos jogadores, alguns mais perto do regresso que outros. Paulinho irá regressar neste sábado, tal como João Palhinha, mas Tiago Tomás (covid) irá falhar a deslocação a Barcelos. Feddal, Porro, Esgaio, Jovane e Tabata (castigado) estarão ausentes da partida com os gilistas.
Esta onde de ausências tem obrigado Rúben Amorim a ser criativo nas suas opções, dando oportunidades aos mais jovens. Esteves é um deles, Ugarte e Nazinho são os outros e o técnico gosta do que tem visto, considerando que o médio uruguaio é quem o tem surpreendido mais nos últimos tempos.
“Todos têm tido um crescimento muito grande. O Ugarte surpreendeu muito, até o treinador, o Nazinho apresentou-se muito bem. Às vezes é uma questão de falta de tempo de treino. Temos o Marsa, que ainda não jogou, mas é por falta de treino, não por falta de qualidade. O Ugarte teve umas semanas de trabalho e adaptou-se muito bem. Até foi bom porque o Palhinha estava muito confortável e agora não está”, frisou.
Ter menos opções num plantel curto não irá, garante Amorim, fazer com que o Sporting se desvie do plano de lançar jogadores da formação e atacar o mercado para compor o plantel: “Temos uma ideia e não nos vamos desviar só para salvaguardar quatro meses de competição. O Esteves só teve este espaço por estas lesões, o Ugarte foi uma grande surpresa. Não quer dizer que não haja gente a entrar e a sair no mercado de inverno. Quem vier será para ajudar no presente e nos anos futuros. Eu faço o que o Viana e o presidente me disserem qual é o projecto. A ideia é apostar na formação, crescer e ganhar títulos.”
O Sporting joga neste sábado com o objectivo de segurar a liderança partilhada com o FC Porto (que defronta o Vizela no domingo), mas Amorim reconhece que esta deslocação ao Minho será um dos jogos mais difíceis que os “leões” tiveram esta época. “Vai ser um jogo difícil. O Gil está num bom momento e é bem orientado. Vai ser um jogo divertido. No ano passado, adaptou-se a nós com uma linha de cinco, este ano vai ser de outra maneira. Eles jogam sem responsabilidade e sem a pressão dos pontos, e será um dos jogos mais difíceis até ao momento. Queremos ganhar e manter a nossa posição.”
Amorim não quer que se repita o abrandamento que observou na segunda parte do jogo em Penafiel - “tivemos problemas porque desligámos um bocado” - mas não está preocupado por o Sporting ter menos golos marcados (24) que FC Porto (34) e Benfica (39). “O FC Porto ataca muito bem e o Benfica também - é preciso relembrar os sete golos com o Belenenses SAD e isso aumenta a diferenca. Temos o outro lado, sofremos menos golos e, esta época, criamos mais oportunidades e controlamos melhor o jogo. Somos mais equipa”, reforçou.