Alojamento local quer “acordo de sustentabilidade” para “todo o sector”

A ALEP - Associação do Alojamento Local em Portugal, fala de um “braço de ferro” entre duas frentes políticas, que levou à aprovação de regras mais restritivas pela Câmara de Lisboa e defende que “não existe nenhum indicador objectivo a mostrar um aumento de pressão do AL na cidade”.

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ALEP diz que houve "uma diminuição do total de registos de AL em Lisboa". Ana Marques Maia

A ALEP - Associação do Alojamento Local em Portugal, defende que deve existir um “acordo de sustentabilidade que abarque todo o sector da acomodação turística” e não se verifique apenas o que diz ser um “ataque ao alojamento local e que garanta ainda estabilidade para quem vive desta actividade e que investiu de boa-fé a pensar a longo prazo”.

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A ALEP - Associação do Alojamento Local em Portugal, defende que deve existir um “acordo de sustentabilidade que abarque todo o sector da acomodação turística” e não se verifique apenas o que diz ser um “ataque ao alojamento local e que garanta ainda estabilidade para quem vive desta actividade e que investiu de boa-fé a pensar a longo prazo”.

Num comunicado através do qual reage à iniciativa da Câmara de Lisboa que irá suspender novos registos de alojamento local (AL) em quase toda a cidade, com efeitos imediatos, a ALEP considera que o “único ponto positivo da proposta foi o pedido à Câmara Municipal de Lisboa para realizar um estudo aprofundado da situação do alojamento local na cidade”.

“Este é um ponto urgente que a ALEP sempre defendeu, sendo essencial também que seja feita uma limpeza nos registos fantasma que se mantêm nas bases de dados e que aumentam artificialmente o peso do AL nas várias áreas da cidade”, refere a organização liderada por Eduardo Miranda.

Conforme noticiou o PÚBLICO, os vereadores do PS conseguiram esta quarta-feira ver aprovada uma proposta para suspender novos AL nas zonas com “um rácio entre o número de estabelecimentos de alojamento local e o número de fogos de habitação permanente igual ou superior a 2,5%”. A proposta, que é mais restritiva do que o modelo actual, teve a oposição do PSD e do CDS, que não foi suficiente para evitar a aprovação, e terá agora de ser votada na assembleia municipal.

Para a ALEP, a “proposta ataca mais uma vez, e desestabiliza sem justificação, todo um sector que representa hoje quase metade das dormidas turísticas da cidade e que gera rendimento e emprego a milhares de famílias lisboetas”.

Esta associação, que fala de um “braço de ferro” entre duas frentes políticas, defende que “não existe nenhum indicador objectivo a mostrar um aumento de pressão do AL na cidade”, e que há, “pela primeira vez na história, uma diminuição do total de registos de AL em Lisboa. Em plataformas online como a Airbnb, diz a ALEP, “a oferta real activa de propriedades em AL reduziu-se em mais de 2000 alojamentos desde os finais de 2019”.

Em 2020, de acordo com um estudo da ALEP, entre novas aberturas e cancelamento de registos, registou-se um saldo líquido negativo de 0,5% no distrito de Lisboa, o que corresponde a 130 unidades.