Easyjet reforça presença no mercado português

Companhia aérea britânica planeia operar no território nacional com mais 8% de capacidade face a 2019, antes do impacto da pandemia no sector, e vai ter mais um avião em Faro no próximo Verão.

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Transportadora vai reforçar presença em Faro com mais um avião Paul Hanna

A Easyjet quer continuar a crescer em Portugal, mercado onde planeia ter mais 8% de capacidade no ano que vem face a 2019, quando a covid-19 ainda não tinha provocado a maior crise de sempre no sector. De acordo com a empresa, que realizou esta quarta-feira uma conferência de imprensa no Funchal, no Verão do ano que vem haverá mais um avião em Faro, a nova base sazonal da companhia inaugurada no passado mês de Junho, que se juntará aos três aviões já previstos (elevando o número total para 13, com Lisboa e Porto).

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A Easyjet quer continuar a crescer em Portugal, mercado onde planeia ter mais 8% de capacidade no ano que vem face a 2019, quando a covid-19 ainda não tinha provocado a maior crise de sempre no sector. De acordo com a empresa, que realizou esta quarta-feira uma conferência de imprensa no Funchal, no Verão do ano que vem haverá mais um avião em Faro, a nova base sazonal da companhia inaugurada no passado mês de Junho, que se juntará aos três aviões já previstos (elevando o número total para 13, com Lisboa e Porto).

Na apresentação feita pelo director-geral da Easyjet Portugal, José Lopes, foi afirmado que a estratégia passa por sair da pandemia “numa situação de vantagem” com “mais quota de mercado”. No caso do Funchal, onde conta agora com a concorrência da Ryanair, a Easyjet diz já ter aumentado a sua capacidade em 46% face a 2019.

Na divulgação das contas anuais (o ano fiscal terminou a 30 de Setembro, com perdas de mil milhões de euros), há duas semanas, a companhia britânica deu conta de ter ganho novos slots (faixas horárias para aterragens e descolagens) nos aeroportos de Lisboa e do Porto. No caso do Porto, a partir desses slots a Easyjet vai poder fazer ligações com Milão e Rennes. Quando a Lisboa, não foi possível obter pormenores. Neste caso, a decisão da Comissão Europeia sobre o plano de reestruturação da TAP irá mexer no panorama existente até aqui, com a cedência de slots à concorrência por parte da transportadora área controlada pelo Estado.

“Continuamos cientes de que muitas incertezas permanecem enquanto navegamos no Inverno, mas vemos uma oportunidade única para a Easyjet conquistar clientes e consolidar o seu lugar de destaque em Portugal neste período pós-pandemia”, afirmou José Lopes, citado num comunicado divulgado pela empresa.

Nesse comunicado, a Easyjet diz ter consolidado este ano a posição de segundo maior operador no Porto e em Faro, “esperando poder crescer em Lisboa assim que a disponibilidade de slots o permita”. “Para potenciar a recuperação do turismo e da economia portuguesa, é crucial a disponibilização de mais slots em Lisboa e no Porto e que sejam revertidas as restrições governamentais que têm um impacto negativo na liberdade de circulação das pessoas”, defende a companhia aérea britânica.

Para o responsável da Easyjet no mercado nacional, as medidas de controlo à pandemia implementadas recentemente pelo Governo português nos aeroportos, e que envolvem as companhias aéreas (que têm de controlar que os passageiros cumprem as regras, como a exigência de testes negativos para todos), são “contra produtivas”, uma vez que “passam a mensagem de que estar ou não vacinado é igual”. Além disso, referiu ao PÚBLICO, esta medida vai contra as recomendações da Comissão Europeia e “penaliza as companhias aéreas por fazer um trabalho de protecção da saúde pública que deve ser feito pelos Estados”. O valor das multas, defende o gestor, que foram agora aumentadas, é “desproporcionado e injusto”, defendendo que as medidas estão a provocar um impacto negativo no turismo e na economia de Portugal.

De acordo com os dados adiantados na segunda-feira pelo Ministério da Administração Interna à Lusa, quase mil passageiros e 35 companhias aéreas foram multados nos aeroportos portugueses nos primeiros 12 dias de obrigatoriedade de desembarcarem com teste negativo à covid-19 ou certificado de recuperação. No caso das companhias aéreas, a multa pode ir dos entre 20 mil aos 40 mil euros, e nos passageiros o valor pode variar entre os 300 e os 800 euros.