Jorge Jácome é um dos primeiros nomes no festival de cinema de Berlim em 2022
Festival alemão começa a divulgar os filmes da sua 72.ª edição, a decorrer de 10 a 20 de Fevereiro. Super Natural, a primeira longa do realizador português, é uma das primeiras selecções
Começam a surgir as primeiras novidades da edição 2022 do Festival de Berlim – e, como é hábito regular do festival alemão, o cinema português marca desde já presença. A paralela Forum, que mostrou o ano passado No Táxi de Jack de Susana Nobre e em momentos anteriores exibiu Salomé Lamas, Carlos Conceição, Hugo Vieira da Silva ou Sandro Aguilar, recebe a estreia mundial daquela que será a primeira longa-metragem de Jorge Jácome.
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Começam a surgir as primeiras novidades da edição 2022 do Festival de Berlim – e, como é hábito regular do festival alemão, o cinema português marca desde já presença. A paralela Forum, que mostrou o ano passado No Táxi de Jack de Susana Nobre e em momentos anteriores exibiu Salomé Lamas, Carlos Conceição, Hugo Vieira da Silva ou Sandro Aguilar, recebe a estreia mundial daquela que será a primeira longa-metragem de Jorge Jácome.
Super Natural é uma “ficção experimental” rodada na Madeira, co-escrita com os dramaturgos André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes, cruzando, segundo a produção, “a paisagem da ilha da Madeira e os intérpretes da companhia Dançando com a Diferença, que desenvolve o seu trabalho aliando pessoas com e sem deficiências na criação de objectos artísticos”. É o regresso de Jácome ao festival onde mostrou a concurso, em 2019, a curta Past Perfect, que teve invejável carreira internacional; a longa é uma co-produção “multimedia” entre a Ukbar Filmes, o Teatro Praga e a Dançando com a Diferença.
Super Natural está entre os primeiros títulos anunciados para uma Berlinale que confirma para já existência presencial, na sua posição habitual no “calendário” de festivais, entre 10 e 20 de Fevereiro de 2022. Super Natural faz parte dos dez filmes já anunciados pelo prestigiado Forum, secção definida pela organização como “um espaço para a experimentação”, a par de novos títulos de duas figuras respeitadas do circuito de festivais: The United States of America do americano James Benning e Une Fleur à la bouche de Éric Baudelaire. A secção apresentará igualmente Nuclear Family de Erin e Travis Wilkerson, Europe de Philip Scheffner, La Edad Media de Alejo Moguillansky e Luciana Acuña, Memoryland de Kim Quy Bui, My Two Voices de Lina Rodriguez, Poet de Darezhan Omirbayev e Afterwater de Dane Komijen. Um enquadramento global bastante representativo da “companhia” à qual Jácome é erguido nesta sua primeira incursão na longa.
Anunciaram-se também já neste primeiro tempo os primeiros títulos das paralelas Forum Expanded (com títulos dos brasileiros Paula Gaitán e Rafael Castanheira Parrode, do indiano Naeem Mohaieemen e da companhia underground americana The Living and The Dead Ensemble), Panorama, Berlinale Special e Generation. Tudo aponta, se a situação pandémica não se agravar até lá, para um Berlim disposto a recuperar a festa presencial que não pôde ter em 2021, ano em que mostrou uma das suas melhores selecções competitivas em muito tempo, vencida por Má Sorte ao Sexo ou Porno Acidental do romeno Radu Jude.