“Ah vocês passam o tempo a citar o Fellini sempre que vêem um filme meu?”, deve ter pensado às tantas Paolo Sorrentino. “Então tomem lá Fellini” — num par de cenas do novo A Mão de Deus, eis o autor de A Grande Beleza e The Young Pope a colocar personagens numa audição de figurantes para um filme do maestro (presume-se, pelo momento em que tudo se passa, que seja Ginger e Fred). Isto depois de um “prólogo”/”abertura” que, entre o féerico e o grotesco, dá desde logo a dimensão “felliniana” de um filme abertamente autobiográfico, um Amarcord menos disperso e mais estruturado.
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“Ah vocês passam o tempo a citar o Fellini sempre que vêem um filme meu?”, deve ter pensado às tantas Paolo Sorrentino. “Então tomem lá Fellini” — num par de cenas do novo A Mão de Deus, eis o autor de A Grande Beleza e The Young Pope a colocar personagens numa audição de figurantes para um filme do maestro (presume-se, pelo momento em que tudo se passa, que seja Ginger e Fred). Isto depois de um “prólogo”/”abertura” que, entre o féerico e o grotesco, dá desde logo a dimensão “felliniana” de um filme abertamente autobiográfico, um Amarcord menos disperso e mais estruturado.