Agência Europeia do Medicamento recomenda dose de reforço da vacina da Janssen
Na autorização, a EMA diz que esta vacina pode ser usada para reforçar a imunidade de quem tomou a Moderna ou a Pfizer-BioNtech.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou a dose de reforço da vacina Janssen para a covid-19 pelo menos dois meses após a primeira, em adultos.
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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou a dose de reforço da vacina Janssen para a covid-19 pelo menos dois meses após a primeira, em adultos.
Esta vacina foi usada como unidose, pelo que com a dose de reforço passa-se a ter duas doses. A recomendação da EMA baseia-se em dados que mostram que administração da dose de reforço da vacina contra a covid-19 [da Johnson & Johnson] pelo menos dois meses após a primeira em adultos provocou a um aumento dos anticorpos contra o vírus SARS-CoV-2, que provoca a doença. Alguns países, como Portugal, estão já a administrar a uma dose de reforço às pessoas que tomaram esta vacina, usando outras marcas.
Esta é uma vacina que usa a tecnologia de vector viral, tal como a da AstraZeneca, sobre a qual houve tanta preocupação com um efeito secundário raro mas muitas vezes fatal, trombose em combinação com trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue). O risco deste efeito secundário e de outros muito raros que possam surgir após um reforço vacinal “não é conhecido e está a ser cuidadosamente monitorizado”, salienta a EMA.
A Agência Europeia de Medicamentos indica ainda que a vacina da Janssen contra a covid-19 pode ser administrada após as duas doses de uma das vacinas desenvolvidas com a tecnologia de ARN-mensageiro autorizadas na União Europeia: a Cominarty, da Pfizer/BioNTech, ou a Spikevax, da Moderna.
A covid-19 provocou pelo menos 5.311.914 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões de infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência AFP.
Em Portugal, desde Março de 2020, morreram 18.687 pessoas e foram contabilizados 1.200.193 casos de infecção, segundo dados da Direcção-Geral da Saúde.