Cerca de 15% das crianças com dez e 11 anos já têm a vacina contra a covid agendada

Segundo o secretário de Estado e Adjunto da Saúde, cerca de 30 mil crianças entre os dez e os 11 anos já têm agendada a vacina contra a covid-19. Universo de crianças com esta idade ronda os 198 mil.

Foto
Vacinação avança para os maiores de 50 anos Nelson Garrido

Cerca de 30 mil crianças entre os dez e os 11 anos já têm agendada a vacina contra a covid-19, revelou esta terça-feira o secretário de Estado e Adjunto da Saúde, classificando este número como “um bom indicador”. A vacinação desta faixa etária está marcada para o próximo fim-de-semana e será feita nos seguintes por ordem decrescente de idades até aos cinco anos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Cerca de 30 mil crianças entre os dez e os 11 anos já têm agendada a vacina contra a covid-19, revelou esta terça-feira o secretário de Estado e Adjunto da Saúde, classificando este número como “um bom indicador”. A vacinação desta faixa etária está marcada para o próximo fim-de-semana e será feita nos seguintes por ordem decrescente de idades até aos cinco anos.

Durante o dia, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde anunciaram que até às 13h30 tinham-se realizado “cerca de 27 mil pedidos online para a vacinação contra a covid-19 de cidadãos com 10 e 11 anos para o próximo fim de semana, dias 18 e 19 de Dezembro”. O número foi revisto em alta algumas horas depois, pelo secretário de Estado e Adjunto da Saúde.

“Estarão cerca de 30 mil crianças auto-agendadas [para a vacinação contra a covid-19]. Nestas poucas horas [o auto-agendamento ficou disponível por volta das 20 horas de segunda-feira], é um bom indicador para o que todos queremos, que é a adesão dos pais destas crianças à vacinação com objectivo, em primeiro lugar, de proteger as crianças, a normalização da sua vida na escola e proteger a normalização da sociedade”, afirmou António Lacerda Sales, à margem da cerimónia da tomada de posse do primeiro bastonário da Ordem dos Fisioterapeutas.

“Esperamos que até próximo sábado muitas mais estejam agendadas”, disse ainda o responsável. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2020 havia registo de cerca de 198.500 crianças com dez e 11 anos no país. Tendo por base este valor, os cerca de 30 mil agendamentos representam 15% do universo a imunizar.

Dose de reforço alargada aos mais de 50

Além do auto-agendamento das crianças, está também disponível no Portal Covid-19 o agendamento para a dose de reforço das pessoas com 50 ou mais anos que foram vacinadas com uma dose da vacina Janssen. E a partir desta quarta-feira, anunciou a Direcção-Geral da Saúde (DGS), o auto-agendamento para a dose de reforço passa a estar disponível para as pessoas com 60 ou mais anos.

Mas em breve existirão mais alterações. António Lacerda Sales anunciou que a dose de reforço vai ser alargada às pessoas com 50 e mais anos, tendo a DGS já revisto a norma da vacinação contra a covid e revelado que depois dos 60 anos seguir-se-á o auto-agendamento desta faixa etária. Até 14 de Novembro, o relatório da vacinação da DGS contabilizava 2,1 milhões de pessoas entre os 50 e os 64 anos imunizadas contra a covid-19, sendo que parte deste universo já terá levado uma dose de reforço por ser profissional de saúde, de lares ou ter sido inicialmente vacinado com a Janssen.

Questionado sobre o motivo de avançar, o secretário de Estado e Adjunto da Saúde explicou que neste momento mais de 80% da faixa dos mais de 80 anos já está vacinada, assim como 73% na faixa dos 70 aos 79 anos e na faixa dos 60 aos 69 anos. Recentemente, o Centro Europeu de Controlo de Doenças recomendou que fosse dada uma dose de reforço a toda a população adulta, com prioridade para os maiores de 40 anos.

Num comunicado enviado ao início da noite, no qual anunciava as alterações à norma da vacinação, a DGS referiu que “os dados nacionais e internacionais sugerem uma diminuição da efectividade das vacinas covid-19 contra a infecção, sobretudo seis meses após ter sido completado o esquema vacinal primário, embora, de acordo com os dados actuais, a efectividade contra a doença grave se mantenha”.

“A DGS e a Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 mantêm-se a acompanhar a situação epidemiológica e a evidência científica disponível, podendo actualizar as recomendações em função de novos dados”, acrescentou.