Auto-agendamento para vacinação de crianças já está disponível

Vacinação arranca no próximo fim-de-semana, 18 e 19 de Dezembro, com as crianças de 11 e 10 anos. Imunização deve ser feita com intervalo de 15 dias de outras vacinas.

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Vacinação contra a covid-19 das crianças entre os 5 e 11 anos em La Paz, Bolívia CLAUDIA MORALES/Reuters

O auto-agendamento da vacinação contra a covid-19 das crianças entre os cinco e os 11 anos ficou disponível nesta segunda-feira por volta das 20h no portal online do Ministério da Saúde, depois de o Governo ter anunciado que seria aberto a 13 de Dezembro.

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O auto-agendamento da vacinação contra a covid-19 das crianças entre os cinco e os 11 anos ficou disponível nesta segunda-feira por volta das 20h no portal online do Ministério da Saúde, depois de o Governo ter anunciado que seria aberto a 13 de Dezembro.

O início das marcações coincidiu também com a data de chegada do primeiro lote de vacinas destinadas a crianças, depois de as primeiras 300 mil doses de vacinas pediátricas contra a covid-19 terem chegado a Portugal na manhã desta segunda-feira. A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, já tinha referido que as vacinas administradas a crianças são pediátricas, com uma dosagem adaptada.

Na sexta-feira, o secretário de Estado adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, anunciou que nesta segunda-feira seriam abertas as marcações online para esta faixa etária, cuja vacinação arranca no próximo fim-de-semana, 18 e 19 de Dezembro, com as crianças de 11 e dez anos. Segue-se a vacinação das crianças entre os nove e sete anos a 6, 7, 8 e 9 de Janeiro. Para os dias 15 e 16 de Janeiro, está prevista a imunização das crianças entre os seis e sete anos e para 22 e 23 de Janeiro das crianças com cinco anos. As segundas doses da vacina pediátrica serão administradas entre 5 de Fevereiro e 13 de Março.

As crianças com comorbilidades terão prioridade para serem vacinadas, independentemente da idade, desde que tenham prescrição médica, bastando que se dirijam aos centros para receberem a vacina contra o coronavírus SARS-CoV-2.

O Governo prevê que sejam imunizados mais de 600 mil menores até meados de Março.

Imunização deve ser feita com intervalo de 15 dias de outras vacinas

A administração da vacina contra a covid-19 para crianças entre os cinco os 11 anos deve, “sempre que possível, respeitar um intervalo de duas semanas em relação à administração de outras vacinas, independentemente da vacina” — o que se aplica também à vacina da gripe —, de acordo com a norma 008/2021, divulgada na noite desta segunda-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS). O objectivo das duas semanas de intervalo é “permitir a valorização de eventuais efeitos adversos”, embora a DGS realce que, “se tal implicar um risco de não vacinação, a mesma não deve ser adiada”. A norma destaca que “não está ainda estudada a interacção desta com outras vacinas”.

Quanto aos efeitos secundários, a DGS refere que “o perfil de reacções adversas é semelhante tanto na administração entre os cinco e os 11 anos de idade, como acima dos 12 anos”.

As reacções adversas “muito frequentes são ligeiras ou moderadas em intensidade e resolvidas alguns dias após vacinação”, entre as quais se incluem dor no local da injecção, fadiga, cefaleias, mialgia (dor muscular), calafrios, artralgia (dor articular), pirexia (febre, mais frequente após a segunda dose), tumefacção (inchaço) e rubor no local da injecção e diarreia. Já as reacções adversas frequentes incluem náuseas e vómitos.

A norma destaca também que foram observados casos “muito raros” de miocardite e pericardite após a administração da vacina Cominarty, da Pfizer/BioNTech, tendo estes casos ocorrido “principalmente” nos 14 dias após a imunização, “mais frequentemente após a segunda dose e em pessoas mais jovens do sexo masculino entre os 16 e os 24 anos”.

“Os dados disponíveis sugerem que o curso clínico da miocardite e da pericardite após a vacinação não é diferente da miocardite e da pericardite em geral, ou seja, tem normalmente uma evolução benigna, após repouso e/ou tratamento sintomático. O risco de miocardite após dose de reforço não foi ainda caracterizado”, acrescenta.

A DGS salienta que haverá uma atenção redobrada aos efeitos secundários, com o documento a referir que “esta vacina está sujeita a monitorização adicional que irá permitir a rápida identificação de nova informação de segurança, pelo que é muito importante que os profissionais de saúde notifiquem quaisquer suspeitas de reacções adversas”.

A norma confirma ainda que as duas doses da vacina pediátrica devem ser administradas com um intervalo de seis a oito semanas e que “o esquema vacinal deve ser completado com uma dose de vacina da mesma marca”. com Lusa