Ferreira Leite considera “natural” que Rio tenha bancada que o apoie

Antiga líder do PSD expressou apoio ao líder eleito na elaboração das listas e desvaloriza polémica.

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Manuela Ferreira Leite esteve ao lado de Rui Rio campanha para as legislativas de 2019 Rui Gaudencio

A antiga líder do PSD Manuela Ferreira Leite expressou apoio às escolhas de Rui Rio para a bancada, argumentando que “quem quer governar é natural que tenha um grupo parlamentar que o apoie”.

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A antiga líder do PSD Manuela Ferreira Leite expressou apoio às escolhas de Rui Rio para a bancada, argumentando que “quem quer governar é natural que tenha um grupo parlamentar que o apoie”.

A posição foi assumida, esta quinta-feira à noite, na CNN Portugal num debate com o socialista Fernando Medina. Nas recentes eleições directas do PSD, Manuela Ferreira Leite decidiu não apoiar Rui Rio nem Paulo Rangel por ser próxima dos dois candidatos à liderança do partido.

A antiga líder social-democrata considerou ser legítimo que o líder eleito e candidato a primeiro-ministro queira ter uma bancada coesa. “Quem quer governar, é natural que tenha um grupo parlamentar que o apoie e que possa cumprir o programa eleitoral a que se propõe”, defendeu, lembrando o que aconteceu com o partido Livre em 2019: “Elegeu um deputado. A Joacine Katar Moreira era de uma corrente diferente e agora está como independente na fila de trás.

Defendendo que Rui Rio não pode “arriscar” a constituir um grupo parlamentar que não cumpra o seu programa, Ferreira Leite criticou os sociais-democratas que apoiaram Paulo Rangel na disputa interna mas que queriam manter-se nas listas. “O que mais me espanta é que pessoas que estão contra uma determinada estratégia mesmo assim querem ir para lá”, disse.

Assumindo que o PSD sempre foi um partido “plural”, Manuela Ferreira Leite reconheceu ter havido “desconforto” na elaboração das listas de deputados mas desvalorizou. “É um processo de escolha em que há mais candidatos do que lugares”, afirmou, considerando ser “saudável essa discussão”.

Relativamente à coligação com o CDS, a social-democrata mostrou-se totalmente contra essa aliança pré-eleitoral. “Não me passava pela cabeça que o PSD não fosse sozinho às eleições. Cada um corre na sua bicicleta e depois logo se vê”.