Rui Rio e a sala onde as coisas acontecem

Há uma enorme diferença entre jogar para ganhar e jogar para não perder. Rio optou pela segunda.

Um dos mais notáveis empreendimentos artísticos da última década é o musical Hamilton, de Lin-Manuel Miranda. Entre as muitas canções extraordinárias que aí se escutam, há uma chamada “The Room Where It Happens”, na qual as personagens Alexander Hamilton e Aaron Burr, dois founding fathers dos Estados Unidos da América, falam da importância de estar na “sala onde as coisas acontecem”. No mundo da política, essa importância antecede tudo o resto. O que se consegue fazer dentro da sala, que medidas é possível aprovar para o bem da pátria, ou que vitórias políticas se conseguem alcançar, são questões e desafios posteriores. Se não se conseguir entrar na sala onde as coisas acontecem, são questões e desafios que nunca se colocarão.

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Um dos mais notáveis empreendimentos artísticos da última década é o musical Hamilton, de Lin-Manuel Miranda. Entre as muitas canções extraordinárias que aí se escutam, há uma chamada “The Room Where It Happens”, na qual as personagens Alexander Hamilton e Aaron Burr, dois founding fathers dos Estados Unidos da América, falam da importância de estar na “sala onde as coisas acontecem”. No mundo da política, essa importância antecede tudo o resto. O que se consegue fazer dentro da sala, que medidas é possível aprovar para o bem da pátria, ou que vitórias políticas se conseguem alcançar, são questões e desafios posteriores. Se não se conseguir entrar na sala onde as coisas acontecem, são questões e desafios que nunca se colocarão.