Toyota acredita que o hidrogénio pode “matar” a gasolina
Depois do primeiro automóvel a pilha de combustível em comercialização em Portugal, a Toyota continua a acelerar na criação de alternativas aos combustíveis fósseis. Próxima paragem: motores de combustão que funcionam a hidrogénio.
Envolve hidrogénio, que é uma energia que pode ser proveniente de fonte renovável, mas nem por isso significa que se trata de uma solução quase 100% limpa, como acontece com o Mirai, o carro a pilha de combustível que a Toyota começou a comercializar este ano também em Portugal. No entanto, a marca nipónica, que tem vindo a explorar múltiplos caminhos em termos de soluções de mobilidade, acredita que se pode poupar muitas emissões se em vez de gasolina se passar a usar hidrogénio nos motores a combustão.
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Envolve hidrogénio, que é uma energia que pode ser proveniente de fonte renovável, mas nem por isso significa que se trata de uma solução quase 100% limpa, como acontece com o Mirai, o carro a pilha de combustível que a Toyota começou a comercializar este ano também em Portugal. No entanto, a marca nipónica, que tem vindo a explorar múltiplos caminhos em termos de soluções de mobilidade, acredita que se pode poupar muitas emissões se em vez de gasolina se passar a usar hidrogénio nos motores a combustão.
A tecnologia de um motor de combustão a hidrogénio ainda está em desenvolvimento e testes (embora não seja uma novidade absoluta: a BMW, por exemplo, construiu o Hydrogen 7, entre 2005 e 2007, assente nos mesmos princípios), mas o Toyota Corolla Sport com este tipo de mecânica já começou a entrar em alguns eventos de automobilismo no Japão, com emissões de escape praticamente nulas, e este mês a marca apresentou o GR Yaris também com motor de combustão a hidrogénio.
Os experimentais GR Yaris e Corolla Sport utilizam o mesmo motor sobrealimentado G16E-GTS, 1.6 litros, de 3 cilindros em linha, que se encontra instalado no premiado GR Yaris, mas “com sistemas de alimentação e de injecção de combustível adaptados à utilização de hidrogénio”.
De acordo com a marca nipónica, que realizou o Fórum Kenshiki, em Bruxelas, entre o fim de Novembro e os primeiros dias de Dezembro, com o objectivo de dar a conhecer as novidades do grupo, que inclui a Lexus, e mostrar qual, na sua perspectiva, a direcção do futuro da mobilidade, o hidrogénio entra em combustão mais depressa do que a gasolina, o que resulta numa melhor resposta do motor e, ao mesmo tempo, num bom desempenho ambiental, sem descartar “as sensações acústicas e sensoriais que caracterizam os motores de combustão interna”.
Entre as vantagens, está a possibilidade de levar uma tecnologia que permite a redução drástica de emissões de carbono a áreas geográficas onde se prevê uma implementação de energias limpas muito tarde, além de o abastecimento ser rápido e a tecnologia requerida pouco dispendiosa. Por outro lado, a aposta representa um desafio na distribuição de hidrogénio, além de ser preciso ter em conta que a produção deste não é isenta de emissões.
No que diz respeito ao futuro na Europa, a marca garante que abandonará a produção de veículos com motores de combustão interna, seja qual for a energia usada, em 2035. Para essa altura, planeia estar a vender apenas veículos eléctricos, por carregamento externo ou através da pilha de combustível, cujos módulos de segunda geração, mais compactos e leves, vão começar a ser produzidos em Bruxelas.
Paralelamente, o construtor automóvel anunciou a intenção de reduzir para 50% a sua pegada carbónica até 2030, sendo o SUV eléctrico a bateria bZ4X o próximo passo na expansão da gama de veículos zero emissões.
Correcção: por lapso referia-se que o hidrogénio é uma energia proveniente de fonte renovável, quando se queria, isso sim, destacar esse potencial, ou seja, que é uma energia que pode ser proveniente de fonte renovável. Frase corrigida.