Na vacinação contra a covid-19, nascer no mundo rico é o maior privilégio

Só 7,5% das pessoas que vivem em África têm duas doses. A desigualdade marcou o primeiro ano em que temos vacinas para a pandemia e nem tudo fica resolvido só por chegarem vacinas aos países mais pobres.

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Vacinação em Nairóbi, no Quénia EPA/DANIEL IRUNGU

Foi exactamente há um ano que Margaret Keenan se tornou a primeira pessoa a ser vacinada contra a covid-19 no mundo ocidental. A China já vacinava os seus cidadãos desde Novembro. Mas esta avó britânica que estava a uma semana de fazer 91 anos estreou o programa de imunização em massa no Reino Unido, ao receber a primeira vacina da Pfizer-BioNtech. “Sinto-me tão privilegiada por ser a primeira pessoa vacinada contra a covid-19”, disse então à BBC. Um ano depois, percebemos que a senhora Keenan teve de facto um privilégio: o de viver no mundo rico, com acesso às vacinas.

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Foi exactamente há um ano que Margaret Keenan se tornou a primeira pessoa a ser vacinada contra a covid-19 no mundo ocidental. A China já vacinava os seus cidadãos desde Novembro. Mas esta avó britânica que estava a uma semana de fazer 91 anos estreou o programa de imunização em massa no Reino Unido, ao receber a primeira vacina da Pfizer-BioNtech. “Sinto-me tão privilegiada por ser a primeira pessoa vacinada contra a covid-19”, disse então à BBC. Um ano depois, percebemos que a senhora Keenan teve de facto um privilégio: o de viver no mundo rico, com acesso às vacinas.