West Side Story: match nulo

Ponto um: seria difícil fazer remake mais inteligente e respeitosa de West Side Story do que a que Steven Spielberg fez. Ponto dois: não era verdadeiramente necessário fazê-la.

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Esta nova versão não se afasta o suficiente do material para abrir novas leituras

Indo directos ao assunto: assim, de repente, é difícil pensar em remake mais na mouche do que o que Steven Spielberg acaba de fazer de West Side Story. O respeito e o afecto de Spielberg e da sua equipa criativa pelo original não tolheram os seus movimentos e deixaram-nos à vontade para preencher e reforçar a estrutura narrativa da peça sem precisar de mexer na sua alma. Este West Side Story revisto em 2020 por Spielberg, pelo dramaturgo Tony Kushner e pelo coreógrafo Justin Peck é o mesmo West Side Story criado em 1957 nos palcos americanos pelo coreógrafo e encenador Jerome Robbins, com libreto de Arthur Laurents e música de Leonard Bernstein com letras de Stephen Sondheim, obra maior e obra de génio do musical da Broadway. É Romeu e Julieta em fundo de gangues de rua da Nova Iorque dos anos 1950, num musical “integrado” onde as canções e a coreografia fazem avançar a narrativa, numa versão que recusa actualizar arranjos ou localização.

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Indo directos ao assunto: assim, de repente, é difícil pensar em remake mais na mouche do que o que Steven Spielberg acaba de fazer de West Side Story. O respeito e o afecto de Spielberg e da sua equipa criativa pelo original não tolheram os seus movimentos e deixaram-nos à vontade para preencher e reforçar a estrutura narrativa da peça sem precisar de mexer na sua alma. Este West Side Story revisto em 2020 por Spielberg, pelo dramaturgo Tony Kushner e pelo coreógrafo Justin Peck é o mesmo West Side Story criado em 1957 nos palcos americanos pelo coreógrafo e encenador Jerome Robbins, com libreto de Arthur Laurents e música de Leonard Bernstein com letras de Stephen Sondheim, obra maior e obra de génio do musical da Broadway. É Romeu e Julieta em fundo de gangues de rua da Nova Iorque dos anos 1950, num musical “integrado” onde as canções e a coreografia fazem avançar a narrativa, numa versão que recusa actualizar arranjos ou localização.