Lutero Simango sucede ao irmão na liderança do terceiro maior partido de Moçambique
O novo presidente do partido conseguiu 87,9% dos votos no congresso deste fim-de-semana e sucede a Daviz Simango, o antigo presidente do município da Beira, que morreu em Fevereiro.
Lutero Simango foi eleito este domingo como novo presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro maior partido do país, conquistando 87,9% de votos no congresso que decorre na cidade da Beira, anunciou a comissão eleitoral da reunião magna daquela força política.
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Lutero Simango foi eleito este domingo como novo presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro maior partido do país, conquistando 87,9% de votos no congresso que decorre na cidade da Beira, anunciou a comissão eleitoral da reunião magna daquela força política.
Simango, chefe da bancada do MDM na Assembleia da República (AR), derrotou na corrida o deputado e académico Silvério Ronguane, que conseguiu 9,9% de votos.
O secretário-geral do MDM, José Domingos, que também era candidato à presidência do partido, desistiu da disputa, horas antes da votação.
Dos 600 congressistas, 514 exerceram o seu direito de voto, tendo escolhido também 84 novos membros do Conselho Nacional, o órgão mais importante do partido entre congressos.
Lutero Simango, engenheiro de formação, vai suceder ao seu irmão mais novo Daviz Simango, que morreu em Fevereiro, e tinha sido o único líder do partido desde a sua criação, em 2009.
O MDM governa o município da Beira, segunda maior cidade do país, e tem seis deputados no Parlamento.
No seu discurso de vitória, Lutero Simango, disse que o MDM é um partido da “inclusão”.
“O nosso movimento tem sido uma grande escola da democracia, somos os promotores da inclusão, somos um partido político que quebrou a bipolarização em Moçambique”, afirmou.
O novo líder também aproveitou para afirmar o partido como um exemplo de democracia em Moçambique: “Somos o primeiro partido que desenvolveu uma campanha interna para a presidência, com muita abertura e uma transparência total”.
Desde a sua criação em 2009, o MDM tem assumido como uma das suas missões romper a bipolarização da vida política do país, que tem sido dominada pela Frelimo e pela Renamo.
Silvério Ronguane, o candidato derrotado, defendeu que os 9,9% de votos recebidos dão-lhe legitimidade para ser oposição interna.
“Estou agora disponível para liderar a oposição dentro do partido MDM, na minha qualidade de segundo candidato mais votado, os ideais que nós estamos a defender continuam de pé”, declarou.