Segurança privada e câmaras de vigilância reforçam segurança em escola de Valença

Decisões foram tomadas após a rixa entre dois grupos de alunos que feriu dois estudantes, de 13 e 16 anos, e duas funcionárias, de 48 e 56 anos, que tentaram separar os jovens.

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Bruno Lisita/Arquivo

A instalação de câmaras de vigilância na escola EB 2,3/S de Valença e a manutenção da segurança privada são duas das medidas decididas pelo Conselho Municipal de Educação, na sequência de uma rixa entre alunos que fez quatro feridos.

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A instalação de câmaras de vigilância na escola EB 2,3/S de Valença e a manutenção da segurança privada são duas das medidas decididas pelo Conselho Municipal de Educação, na sequência de uma rixa entre alunos que fez quatro feridos.

Em comunicado enviado este sábado às redacções, a Câmara de Valença, distrito de Viana do Castelo, adiantou que, além do circuito interno de videovigilância, o Conselho Municipal de Educação, convocado na sequência daquele caso de violência, no dia 26 de Novembro, decidiu manter a segurança privada.

Aquele serviço foi accionado pela autarquia, liderada pelo socialista José Manuel Carpinteira, logo após a rixa entre dois grupos de alunos que feriu dois estudantes, de 13 e 16 anos, e duas funcionárias, de 48 e 56 anos, que tentaram separar os jovens.

O serviço contratado pelo município, apenas até ao final do actual período lectivo, vai ser prolongado por decisão do Conselho Municipal de Educação.

Na reunião daquele órgão, na última quinta-feira, foi ainda decidido contratar um mediador de conflitos que trabalhe com todos os membros da comunidade escolar e solicitar a presença dos agentes da Escola Segura (GNR) com maior frequência.

Foi ainda decidido propor uma melhor articulação com o Gabinete de Apoio à Família (GAF) e sensibilizar a tutela para a transferência dos alunos para outros estabelecimentos, quando a escola esgotar todas as punições previstas.

Presidido pelo autarca José Manuel Carpinteira, o Conselho Municipal de Educação contou ainda com a presença do vereador da Educação, assim como com a directora do agrupamento de escolas Muralhas do Minho, e representantes do ensino público superior, do pessoal docente do ensino secundário público, do pessoal docente do ensino básico público, da associação de pais e encarregados de educação, das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), que desenvolvem actividade na área da educação, dos serviços de emprego e formação profissional, e das forças de segurança, assim como do Conselho Municipal de Juventude.

As agressões ocorridas na última sexta-feira não são caso único na escola EB 2,3/S, com mais de 800 alunos, e recentemente alvo de obras de requalificação de 3,2 milhões de euros.

Em Outubro de 2019, mais de 100 pessoas, entre professores, pais e auxiliares, participaram num cordão humano exigindo uma escola mais segura.

A acção decorreu na sede do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho, na sequência da alegada agressão, dos encarregados de educação de uma aluna a dois professores e dois auxiliares de acção educativa.

O cordão humano promovido pela comunidade educativa contou com o apoio do Sindicato dos Professores do Norte (SPN) e do Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), que exigiram “medidas urgentes para travar este tipo de casos, cada vez mais frequentes nas escolas”.

Em 2016, a direcção do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho foi confrontada uma alegada ameaça com arma branca de um aluno a outro no recreio do estabelecimento de ensino.