França e Emirados Árabes Unidos prolongam até 2047 acordo sobre o Louvre Abu Dhabi
O protocolo original estende-se agora por mais dez anos. Para além da utilização do nome do Louvre, e mediante o pagamento de 165 milhões de euros, o museu árabe terá direito a expor quatro obras da instituição francesa.
Podemos dizer que se trata de uma jogada de antecipação. De longuíssima antecipação, na verdade. França prolongou em dez anos a licença concedida ao Louvre Abu Dhabi pela utilização do nome do seu principal museu. O acordo entre o Estado francês e as autoridades dos Emirados Árabes Unidos, que se prolongava até 2037, estende-se agora até 2047. O anúncio foi feito esta sexta-feira pelo presidente francês, Emmanuel Macron, durante uma visita de dois dias ao Golfo Pérsico.
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Podemos dizer que se trata de uma jogada de antecipação. De longuíssima antecipação, na verdade. França prolongou em dez anos a licença concedida ao Louvre Abu Dhabi pela utilização do nome do seu principal museu. O acordo entre o Estado francês e as autoridades dos Emirados Árabes Unidos, que se prolongava até 2037, estende-se agora até 2047. O anúncio foi feito esta sexta-feira pelo presidente francês, Emmanuel Macron, durante uma visita de dois dias ao Golfo Pérsico.
Pelo prolongamento da licença, Abu Dhabi pagará a França 165 milhões de euros nos próximos dois anos, com o Louvre parisiense a comprometer-se com o empréstimo de quatro das suas obras, não especificadas. “Era muito importante prolongar [o acordo] no longo prazo, dado que o Louvre Abu Dhabi é absolutamente magnífico e desperta maravilhamento em todos os que o visitam”, declarou à AFP a ministra da Cultura francesa, Roselyne Bachelot. O acordo firmado entre Macron e o soberano dos Emirados, Mohammed bin Zayed, permitirá manter nas próximas duas décadas e meia uma instituição que o presidente francês considera “um vector da influência francesa no estrangeiro”.
Desenhado por um vencedor do Pritkzer, o francês Jean Nouvel, o Louvre Abu Dhabi abriu portas em 2017, dez anos após o anúncio do projecto. Erigido na ilha Saadyat, é um arquipélago-museu criado para expor uma visão cronológica da história da arte, numa lógica global, ou seja, mostrando como esta se foi desenvolvendo ao longo dos tempos nos diversos continentes. Para além da colecção própria que tem em exposição, o Louvre Abu Dhabi assegurou, por via do protocolo acordado originalmente com o estado francês, o empréstimo de 300 obras de diversos museus franceses, de artistas como Leonardo da Vinci, Matisse, Van Gogh, Manet ou David.
França assegurou ainda assistência técnica e colaboração, durante 15 anos, no programa de exposições temporárias. Os Emirados Árabes Unidos pagaram na altura 525 milhões de euros pela licença de utilização do nome do Louvre e 747 milhões pelo empréstimo de obras supracitado.
Inaugurado por Emmanuel Macron em 2017, o Louvre Abu Dhabi recebeu dois milhões de visitantes até ao início de 2020, altura em que, devido à pandemia, se viu obrigado a encerrar portas durante cem dias.