Leite de mães vacinadas tem células de memória contra o SARS-CoV-2

Estudo português é o primeiro que se conhece a conseguir detectar em leite materno células imunitárias de memória específicas de vacinas contra a covid-19. Até agora, também foi o único estudo em que se observou que certos anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2 encontrados no leite de mães vacinadas são produzidos nas glândulas mamárias e não no sangue.

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Foram analisadas amostras de leite de 23 mães vacinadas em Portugal Ana Cintrão/Lightborn Photo

Uma equipa liderada por Helena Soares comprometeu-se com a seguinte missão: desmontar a desinformação por detrás da amamentação dada por mães vacinadas contra a covid-19. Portanto, nada melhor do que analisar o que estava mesmo em questão – o leite materno. Outras investigações já tinham mostrado que o leite de mães vacinadas tinha anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2, mas o grupo português foi ainda mais longe. Além de aí ter detectado esses anticorpos, identificou linfócitos T específicos da vacina (células imunitárias de memória), que podem ser transmitidos ao bebé e potencialmente dar-lhes uma protecção de longa duração contra o vírus. Os resultados desta missão foram agora publicados na revista científica Cell Reports Medicine.

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Uma equipa liderada por Helena Soares comprometeu-se com a seguinte missão: desmontar a desinformação por detrás da amamentação dada por mães vacinadas contra a covid-19. Portanto, nada melhor do que analisar o que estava mesmo em questão – o leite materno. Outras investigações já tinham mostrado que o leite de mães vacinadas tinha anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2, mas o grupo português foi ainda mais longe. Além de aí ter detectado esses anticorpos, identificou linfócitos T específicos da vacina (células imunitárias de memória), que podem ser transmitidos ao bebé e potencialmente dar-lhes uma protecção de longa duração contra o vírus. Os resultados desta missão foram agora publicados na revista científica Cell Reports Medicine.