Prada olha para a roupa em segunda mão como uma oportunidade e pondera parcerias

O mercado de malas e roupas usadas cresceu nos últimos três anos, impulsionado por compradores mais jovens e mais ecologicamente atentos, que procuram produtos de alta qualidade a preços acessíveis.

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O grupo de moda italiano Prada vê oportunidades no sector da moda em segunda mão, que pode ser desenvolvido tanto internamente quanto por meio de parcerias, disse à Reuters o chefe de marketing e herdeiro Lorenzo Bertelli.

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O grupo de moda italiano Prada vê oportunidades no sector da moda em segunda mão, que pode ser desenvolvido tanto internamente quanto por meio de parcerias, disse à Reuters o chefe de marketing e herdeiro Lorenzo Bertelli.

O mercado de malas e roupas usadas cresceu nos últimos três anos, impulsionado por compradores mais jovens e mais ecologicamente atentos, que procuram produtos de alta qualidade a preços acessíveis. A expectativa é de chegar a 33 mil milhões de euros neste ano, após um crescimento de 65% entre 2017 e 2021, de acordo com a consultoria Bain. 

Algumas empresas de luxo, rivais da Prada, já estão a explorar o sector. No início deste ano, o conglomerado francês Kering adquiriu uma participação de 5% na Vestiaire Collective, uma plataforma líder em roupas e malas em segunda mão. O ano passado, a marca estrela de Kering, a Gucci, também formou uma parceria com a plataforma de revenda, The RealReal.

“A segunda mão é uma estratégia que temos investigado há mais de um ano”, disse Lorenzo Bertelli, filho mais velho dos co-executivos Patrizio Bertelli e Miuccia Prada e futuro líder da marca, em entrevista na conferência Reuters Next transmitida na quarta-feira. “Não posso divulgar muito, mas com certeza a segunda mão está aí. Vamos aproveitar isso como uma oportunidade.”

“Pode ser uma parceria com um player ou pode ser algo mais interno, ou os dois, uma espécie de solução híbrida como para o e-commerce”, disse.

O herdeiro do império de Prada, que disse à Reuters que quer manter o grupo familiar independente, não parece perturbado pelos desafios futuros do sector de luxo em constante mudança.

Por isso, agradece a sua experiência como piloto de rali. “Os ralis e o desporto em geral ensinaram-me muito. Ensinaram-me a nunca desistir e também muita humildade, no sentido de que temos de continuar a aprender”, concluiu.