Almerindo Marques morreu aos 81 anos
Nascido em Leiria, teve um percurso ligado à banca e foi presidente da RTP e da Estradas de Portugal. Eleito deputado pelo PS, foi secretário de Estado da Administração Escolar no I Governo constitucional, de Mário Soares.
Almerindo Marques, gestor com um passado ligado à banca mas que passou também pela RTP e pela Estradas de Portugal, empresas às quais presidiu, morreu esta quarta-feira aos 81 anos. A notícia foi avançada pela RTP, empresa pública para qual foi convidado para liderar em 2002 pelo então primeiro-ministro Durão Barroso.
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Almerindo Marques, gestor com um passado ligado à banca mas que passou também pela RTP e pela Estradas de Portugal, empresas às quais presidiu, morreu esta quarta-feira aos 81 anos. A notícia foi avançada pela RTP, empresa pública para qual foi convidado para liderar em 2002 pelo então primeiro-ministro Durão Barroso.
Atrás de si, conforme escreveu o PÚBLICO nessa altura, Almerindo Marques tinha várias décadas de uma vida profissional ligada à banca, à qual colocara um ponto final poucos meses antes, após um conflito com António de Sousa, então presidente da Caixa Geral de Depósitos, instituição da qual era administrador.
Ligado ao Partido Socialista, ocupou o cargo de secretário de Estado da Administração Escolar no I Governo constitucional, de Mário Soares, e foi eleito deputado da Assembleia da República por este partido na década de 80.
Quando saiu da RTP no final do mandato, em 2007 (foi substituído por Ponce de Leão), foi convidado para presidir à empresa Estradas de Portugal EP. Estava então José Sócrates no Governo. Ocupou o cargo até 2011, tendo pedido a demissão apenas oito meses depois de ter sido reconduzido no cargo.
Em 2013, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito às Parcerias Público-Privadas (PPP), explicou que a saída da empresa pública teve a ver com “as condições que estavam previstas e as que se vieram a verificar”, adiantando que só não saiu mais cedo devido à recusa de visto do Tribunal de Contas a cinco subconcessões.
Da EP foi para a Opway, construtora do grupo Espírito Santo, que acabou por adquirir através de um Management Buy Out (MBO) em 2015.