Ainda a Sé de Lisboa e a sua Mesquita
Perante a solução encontrada para a preservação dos achados do período islâmico, é de lamentar que não se tenha querido preservar mais. O projecto deveria servir o sítio arqueológico, em vez de ser o sítio arqueológico a servir o projecto.
Há cerca de um ano, o público e a comunidade científica receberam uma boa e uma má notícia sobre os trabalhos em curso num dos mais importantes sítios para a identidade portuguesa, o claustro da Sé de Lisboa, construção dionisina cujas escavações, em curso desde os anos 90, revelaram uma estratigrafia que vai desde a Idade do Ferro aos níveis romanos e medievais islâmicos. A primeira notícia prendia-se com a importância extraordinária dos novos edifícios do período islâmico encontrados, a segunda com as soluções de musealização propostas que implicavam, então, a destruição dos novos achados (ou a sua conservação pelo registo, o que é materialmente a mesma coisa).
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Há cerca de um ano, o público e a comunidade científica receberam uma boa e uma má notícia sobre os trabalhos em curso num dos mais importantes sítios para a identidade portuguesa, o claustro da Sé de Lisboa, construção dionisina cujas escavações, em curso desde os anos 90, revelaram uma estratigrafia que vai desde a Idade do Ferro aos níveis romanos e medievais islâmicos. A primeira notícia prendia-se com a importância extraordinária dos novos edifícios do período islâmico encontrados, a segunda com as soluções de musealização propostas que implicavam, então, a destruição dos novos achados (ou a sua conservação pelo registo, o que é materialmente a mesma coisa).