Jack Dorsey deixa liderança do Twitter
Jack Dorsey, 45 anos, que fundou o Twitter em 2006, anunciou que vai deixar o papel de liderança na rede social.
Jack Dorsey vai deixar de ser o presidente executivo do Twitter. A informação foi avançada esta segunda-feira num comunicado da plataforma online que acrescenta que Parag Agrawal, actual director de tecnologia da empresa, passa a ocupar o lugar de liderança. Dorsey, que ajudou a fundar o Twitter em 2006, continuará a ser um dos membros do conselho directivo da empresa até ao final do seu mandato, em 2022.
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Jack Dorsey vai deixar de ser o presidente executivo do Twitter. A informação foi avançada esta segunda-feira num comunicado da plataforma online que acrescenta que Parag Agrawal, actual director de tecnologia da empresa, passa a ocupar o lugar de liderança. Dorsey, que ajudou a fundar o Twitter em 2006, continuará a ser um dos membros do conselho directivo da empresa até ao final do seu mandato, em 2022.
“Decidi deixar o Twitter porque acredito que a empresa está preparada para se afastar dos seus fundadores”, justificou Jack Dorsey, num texto sobre a decisão. O tecnólogo norte-americano — que é o autor da primeira mensagem do Twitter — liderou a empresa entre 2006 e 2008, antes de ser temporariamente afastado do projecto. Sete anos mais tarde, Dorsey retomou a posição de chefia da rede social quando o então presidente executivo, Dick Costolo, se demitiu. Além do Twitter, em 2009, o executivo de 45 anos criou a empresa de pagamentos online Square que também lidera.
Nos últimos anos, os investidores do Twitter têm questionado a capacidade de Dorsey gerir ambas as empresas. O fundador sublinha, no entanto, que a decisão de sair foi sua. “Quero que todos saibam que a decisão foi minha”, escreveu numa publicação partilhada no Twitter. “Não há muitas empresas que chegam ao nível do Twitter. E não há muitos fundadores que escolhem a empresa [que criaram] em vez do seu ego. Sei que lhes vamos mostrar que isto foi o caminho certo.”
O Twitter foi criado há quinze anos e popularizou-se em todo o mundo com as suas mensagens de 140 caracteres (actualmente, o limite é 280 caracteres). É usado por líderes políticos, estrelas de cinema, marcas e cidadãos comuns. Era uma das ferramentas preferidas do antigo presidente dos EUA, Donald Trump, antes de ter sido bloqueado daquela rede social — o Twitter foi a primeira empresa a barrar o político.
Dorsey expressa uma “profunda confiança” na futura liderança de Parag Agrawal. “O Parag tem estado por detrás de todas as decisões que ajudaram a mudar a empresa”, escreve. “[O Parag] é curioso, sondador, racional, criativo, exigente, autoconsciente e humilde.”
Parag Agrawal está no Twitter há mais de dez anos e é responsável pela tecnologia da empresa desde 2017. Nos últimos anos, tem coordenado vários projectos relacionados com inteligência artificial. Ao longo da sua carreira, Agrawal passou pela empresa de telecomunicação americana AT&T, pela Microsoft e pelo Yahoo.
"Muitas pessoas vão ter muitas opiniões diferentes sobre as notícias de hoje. É porque se preocupam com o Twitter e com o nosso futuro, e é um sinal de que o trabalho que fazemos é importante. Vamos mostrar ao mundo todo o potencial do Twitter”, escreveu Agrawal numa comunicado que partilhou no Twitter.