Novo Banco executa Luís Filipe Vieira em 7,6 milhões

A acção tem quatro executados: o ex-presidente do Benfica, a mulher do ex-dirigente, um parceiro de negócios e a empresa Promovalor II.

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Luís Filipe Vieira foi ouvido na comissão de inquérito ao Novo Banco, no Parlamento, em Maio deste ano Rui Gaudêncio

O Novo Banco apresentou uma acção em tribunal para executar o ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira, no valor de 7,56 milhões de euros, segundo noticiou o Expresso e o PÚBLICO confirmou no portal Citius.

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O Novo Banco apresentou uma acção em tribunal para executar o ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira, no valor de 7,56 milhões de euros, segundo noticiou o Expresso e o PÚBLICO confirmou no portal Citius.

O pedido de execução tem data de entrada no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa do último sábado, 27 de Novembro e não visa apenas Luís Filipe Vieira. Surgem igualmente como executados Vanda Vieira, mulher do ex-dirigente desportivo, Almerindo Duarte, que o Expresso refere ser parceiro de Vieira em vários negócios, e ainda a empresa Promovalor II – Business Advisers.

Ao accionar esta acção, o Novo Banco pretende chamar a si activos do universo de Luís Filipe Vieira que estão avaliados nos 7,56 milhões de euros em causa neste processo.

De acordo com o semanário Expresso, há dois activos centrais na mira do banco que resultou do antigo BES acções de Luís Filipe Vieira na SAD do Benfica que representam 3,28% do capital, o que significa, à cotação actual, cerca de 3,9 milhões de euros; e um imóvel na margem sul do Tejo.

No Citius, aparece como agente de execução o solicitador Armando Oliveira.

Segundo o Expresso, o Novo Banco já tinha colocado uma providência cautelar em Setembro. Agora, para tentar obter os activos, o banco decidiu avançar para uma acção de executar, cabendo ao tribunal decidir se a instituição já tem poderes para tal, como defende o Novo Banco, ou se a livrança, emitida sem data, apenas vence em 2032, como defende Luís Filipe Vieira, refere o mesmo jornal.

Quando Luís Filipe Vieira foi ouvido no Parlamento, na comissão de inquérito ao banco que resultou da queda do BES, a deputada do CDS-PP Cecília Meireles citou uma lista que indica a Promovalor seria o “segundo maior devedor [do Novo Banco] responsável pelas perdas” acumuladas pagas pelos contribuintes, cerca de 225 milhões de euros de perdas entre 2014 e 2018, como o PÚBLICO referia em Maio.

Na mesma sessão, ao responder a perguntas da deputada do BE Mariana Mortágua, Luís Filipe Vieira negou que o único bem pessoal que tem seja uma “casa para palheiro com uma área de 162 metros quadrados com logradouro”.

No âmbito da operação judicial Cartão Vermelho, que está a ser dirigida no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Luís Filipe Vieira foi constituído arguido em Julho e, desde aí, ficou impedido de contactar com administradores ou funcionários do Novo Banco, cuja gestão, segundo o Ministério Público, ajudou Vieira a comprar, por um sexto do valor, uma dívida de 54,3 milhões de euros que uma das suas empresas, a Imosteps, tinha à instituição bancária.