Tantas vezes na moda se fala de arrojo, excentricidade, loucura. Ana Salazar ouviu esses clichés vezes sem conta, sem lhes dar importância. Agora, é fácil dizer que alguém está à frente do seu tempo, mas, naquele tempo, quando começou, num Portugal conservador, fechado e cinzento, sem liberdade, da fama de louca não se livrava. Lisboa não estava preparada, foi preciso desbravar caminho. “Antes da revolução [25 de Abril de 1974], a Maçã, a primeira loja, foi disruptiva, um marco histórico”, lembra. A loja ficava junto à Praça de Alvalade e vendia o que Ana seleccionava a dedo, em Londres. Depressa se tornou num vaivém de personalidades de diferentes áreas que procuravam peças únicas. Nada pensado, foi decidindo sem estratégias nem grandes planos.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Tantas vezes na moda se fala de arrojo, excentricidade, loucura. Ana Salazar ouviu esses clichés vezes sem conta, sem lhes dar importância. Agora, é fácil dizer que alguém está à frente do seu tempo, mas, naquele tempo, quando começou, num Portugal conservador, fechado e cinzento, sem liberdade, da fama de louca não se livrava. Lisboa não estava preparada, foi preciso desbravar caminho. “Antes da revolução [25 de Abril de 1974], a Maçã, a primeira loja, foi disruptiva, um marco histórico”, lembra. A loja ficava junto à Praça de Alvalade e vendia o que Ana seleccionava a dedo, em Londres. Depressa se tornou num vaivém de personalidades de diferentes áreas que procuravam peças únicas. Nada pensado, foi decidindo sem estratégias nem grandes planos.